No vídeo que segue, temos a História e o significado do 1º de Maio, o Dia do Trabalhador, comemorado no mundo todo e ligado a manifestações dos trabalhadores por suas causas. Veja a seguir, outro vídeo e textos sobre esta histórica data:
Importante documentário que recupera a história do Brasil sob o Golpe Militar, O dia que durou 21 anos, com estreia em 4 de abril de 2011, pela TV Brasil, traz a memória do Golpe de 64. Trata-se de coprodução da TV Brasil com a Pequi Filmes, sob direção de Camilo Tavares, com roteiro e entrevistas do jornalista Flávio Tavares e seu filho, Camilo Tavares, que dirigiu o filme:
"apresenta, em três episódios de 26 minutos cada, os bastidores da participação do governo dos Estados Unidos no golpe militar de 1964 que durou até 1985 e instaurou a ditadura no Brasil. Pela primeira vez na televisão, documentos do arquivo norte-americano, classificados durante 46 anos como Top Secret, serão expostos ao público. Textos de telegramas, áudio de conversas telefônicas, depoimentos contundentes e imagens inéditas fazem parte dessa série iconográfica, narrada pelo jornalista Flávio Tavares."
Assista ao documentário que foi ao ar nos dias 4, 5 e 6 de abril, pela TV Brasil:
Leia texto da TV Brasil com apresentação detalhada do conteúdo de cada episódio do documentário.
Assista também a este documentário 15 Filhos, com depoimentos de filhos de militantes presos, mortos ou desaparecidos durante a ditadura militar no Brasil, incluindo as diretoras do curta-metragem, Maria Oliveira e Marta Nehring. Trata-se de produção independente, com a duração de 18min40.
Reproduzimos, com adaptações, interessante artigo de divulgação científica de Glenda Almeida, da Agência USP de Notícias, intitulado Adolescente que conhece suas origens é agente político, publicado em 2/12/2010:
Alunos que não são ensinados a relacionar o conteúdo dos livros à história de sua própria comunidade não se sentem pertencentes à humanidade, facilitando a aceitação de rótulos e estigmas como o de “favelado qualquer”.
Pesquisa da psicanalista Maíra Ferreira, realizada na Faculdade de Educação (FE) da USP, demonstrou que é possível mudar esse quadro através do uso de elementos do cotidiano dos alunos, como a música, a poesia e os desenhos, para que eles possam reconhecer elos com seus antepassados. Desse modo, tornam-se capazes de se afirmarem como verdadeiros sujeitos políticos “da sociedade” e “na sociedade”.
No início de seu trabalho na escola pública da favela Real Parque (São Paulo/SP), Ferreira percebeu que, nos horários vagos entre as aulas, os adolescentes, amantes do rap, rimavam, improvisavam e desenhavam com muita facilidade, demonstrando capacidade crítica, inclusive em relação aos temas escolhidos em suas artes. Além disso, o dom da oralidade também chamou atenção da pesquisadora. Contudo, ao mesmo tempo em que apresentavam tão rica manifestação cultural, recusavam suas origens no ambiente escolar.
Segundo Ferreira, essa recusa denuncia a “presença e permanência de políticas discriminatórias brasileiras desde a época dos cativeiros”. A escola, ao não reconhecer e contextualizar a importância da história da comunidade que atende, e não a relacionando com o presente dos alunos, “perpetua a formação social e cultural do preconceito brasileiro”.
Os estudantes da Favela Real Parque são herdeiros culturais de famílias afro-brasileiras e indígenas Pankararu, oriundas do sertão de Pernambuco, que migraram a partir da década de 1950 para São Paulo, principalmente para trabalharem na construção do Estádio do Morumbi. Tendo em vista essa origem dos alunos, a pesquisadora procurou pelas possíveis relações entre a capacidade de rimar e improvisar do rap, e as produções culturais do cordel e dos repentes nordestinos.
Registros da viagem de Ferreira ao Nordeste, onde conheceu o cordel e o repente:
Em busca dessas evidências de relação entre culturas, Ferreira para a região do Brejo dos Padres em Pernambuco, onde pesquisou o cordel e os repentes sertanejos, como a cantoria de viola e o coco de embolada, expressões claras da tradição da oralidade, tão marcante no rap dos estudantes.
Com uma filmadora na mão, a pesquisadora andou pelas ruas nordestinas ouvindo e gravando declamações espontâneas: improvisos poéticos de farmacêutico, sapateiro, manicure, dentista, padre, crianças e idosos. “Em uma cidade chamada São José do Egito (PE) ouvi o seguinte ditado: Aqui quem não é poeta é louco e quem é louco faz poesia”, disse a pesquisadora.
Vídeos da pesquisa de campo em São José do Egito, onde a poesia está em todos os lugares:
Segundo a psicanalista, mesmo diante da violência social, a miscigenação étnico-social brasileira apresenta sua resistência: “das rodas de jongos e capoeira aos improvisos dos repentes e do rap está o movimento de resistência, apropriação e criatividade frente às políticas de discriminação existentes desde a escravidão”. Essa constatação é a prova de que durante a história do País não houve aniquilação da cultura dos povos que sofreram com tais políticas, e sim recombinação, reinvenção, recriação, ou seja, está aí um outro tipo de “marca humana” — no caso, o desejo de construir e não o de destruir.
Contudo, a “atualidade da escravidão brasileira” ainda aparece no cotidiano do brasileiro. De acordo com a pesquisadora, “a formação social brasileira está longe de elaborar e superar esse trauma que permeia as instituições de ensino e os espaços jurídicos do país”. Para isso, é essencial e possível ensinar aos alunos que eles podem e devem “atualizar as suas tradições” a fim de se apropriarem do passado, para construírem seus projetos futuros.
Um dos alunos traduziu muito bem o pensamento de Maíra Ferreira: “Já sei, professora. É pegar carona na tradição”.
Em exposição virtual, o Arquivo Público do Estado de São Paulo recupera a memória da Revolução de 1924, apresentando, entre outros documentos, processos criminais instaurados contra os rebeldes ao término da Revolução, cartas dos líderes, jornais e revistas da época.
Ainda são propostas 15 atividades a serem desenvolvidas no ensino fundamental e médio, com a oportunidade do uso de fontes históricas para estabelecer reflexões e debates sobre o tema.
De acordo com o Arquivo, esse conflito de 1924 foi silenciado:
Esse tema não tem obtido destaque no ensino da História, tanto nas escolas de ensino fundamental e médio nem no ensino superior. O esquecimento e as versões unilaterais dos acontecimentos integram projetos políticos e fazem parte de contextos históricos específicos. Atualmente, há tentativas de apreender memórias que foram silenciadas e contribuir para a escrita de outras histórias. [...] No caso de 1924, o esquecimento também é consequência da ação de grupos preocupados em expressar a vitória das forças legalistas.
Para acessar a exposição e baixar os exercícios, clique em
Essa revista é publicada pelo Núcleo de Estudos de África, Colonialidade e Cultura Política do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, sob orientação do Prof. Dr. Wilson do Nascimento Barbosa. O primeiro número é datado de junho de 2008 e contém os tópicos abaixo relacionados.
De acordo com os editores, Sankofa pode ser representado como um pássaro mítico que voa para frente, tendo a cabeça voltada para trás e carregando no seu bico um ovo, o futuro. [...] Sankofa ensinaria a possibilidade de voltar atrás, às nossas raízes, para poder realizar nosso potencial para avançar.
Artigos
Da `Nbandla à Umbanda: transformações na cultura afro-brasileira. Wilson do Nascimento Barbosa
Uma reprodução simbólica do universo social: o sepultamento de escravos no cemitério dos Pretos Novos, no Rio de Janeiro dos séculos XVII a XIX. Júlio César Medeiros da S. Pereira
Eurocentrismo, história e história da África. Muryatan Santana Barbosa
A linguagem do ‘amor colonial’: o discurso do poder pastoral na justificação da escravidão. Carlos Henrique R. de Siqueira
Resenha
Donald Woods: Homem de convicções e coragem! Wilson Gomes de Almeida
Documentação
La presencia de población negra en Santa María de la Antigua del Darién, 1510-1525. Lorena Camacho Muete
Entrevista
Kabengele Munanga: “África e Imagens de África”
Para fazer download do periódico, que está em sua 8ª edição (em 20 de junho de 2012), clique em
Estão disponíveis para baixar 10 vídeos dos programas educativos “Índios no Brasil”, produzidos para adequar o currículo escolar à diversidade cultural. Esses vídeos, com legendas em português e inglês, apresentam depoimentos de indígenas de nove povos dispersos no território nacional, mostrando como vivem e o que pensam.
Por exemplo, o vídeo Primeiros contatos, traz a seguinte resenha no site que o disponibiliza, Vídeo nas Aldeias:
O Brasil foi descoberto ou invadido? O filme de Humberto Mauro de 1940 dá a sua versão sobre o Descobrimento do Brasil. Mas os índios são unânimes em afirmar que o país foi invadido porque eles já estavam aqui. Dependendo do ponto de vista de cada um, existem várias versões da história do Brasil, e aqui os índios contam as suas. A cartilha de história das escolas indígenas do Acre, por exemplo, divide a história do Brasil em quatro períodos: o tempo das malocas, antes da chegada de Cabral; o tempo das correrias, quando os índios foram caçados à bala para a ocupação dos seus territórios; o tempo do cativeiro, quando eles foram usados como mão de obra escrava no corte de seringa; e finalmente o tempo dos direitos, quando finalmente conquistaram o direito à terra e à sua cultura própria.
Além desses vídeos em domínio público, o Vídeo nas Aldeias (VNA), comercializa outros vídeos produzidos pelos próprios indígenas. Esse projeto tem como objetivo “apoiar as lutas dos povos indígenas para fortalecer suas identidades e seus patrimônios territoriais e culturais, por meio de recursos audiovisuais e de uma produção compartilhada com os povos indígenas com os quais o VNA trabalha”.
O Arquivo Público do Estado de São Paulo disponibiliza para downloadHistórias do futebol, de Lívia Gonçalves Magalhães, obra que, segundo o Arquivo,
discute temas como o início do futebol em São Paulo e a história dos principais clubes paulistas; a participação da seleção brasileira nas Copas do Mundo; o papel do futebol na construção da identidade nacional e a sua rápida popularização no país; as relações entre o futebol e poder no Brasil e o futebol no mundo globalizado.
Além disso, o livro traz nove atividades didáticas que podem ser desenvolvidas em sala de aula.
Através dessa obra, professores e alunos terão acesso a documentos de época do acervo do Arquivo Público, como fotografias, jornais, revistas, entre outros. E, nas palavras de Andresa Oliver, diretora do Núcleo de Ação Educativa do Arquivo,
O contato com várias fontes arquivísticas faz com que o aluno faça parte da produção de conhecimentos históricos e se interesse mais pela história, criando certa familiarização e expectativa em relação aos fatos do passado e presente.
O Arquivo Público do Estado de São Paulo acaba de lançar o site Memória da Imprensa, uma seleção de periódicos digitalizados do acervo da instituição tendo em vista ampliar o acesso a jornais e revistas do século 19 e início do século 20 no Brasil.
Parte do acervo já digitalizado ajuda a reconstituir momentos importantes dos mais de 200 anos de história da imprensa no Brasil. Pesquisadores já podem acessar desde publicações que marcaram época, como a revista A Cigarra (1914-1975) e o jornalÚltima Hora (1951-1971), até títulos menos conhecidos, como o jornal sindical Notícias Gráficas (1945-1964) e o anarquista La Barricata (1912-1913).
Um dos destaques é o periódico alternativo Movimento, que liderou a campanha pela anistia durante a ditadura militar. Lançado em 1975 e fechado em 1981, teve 3.093 artigos e 3.162 ilustrações censurados pela ditadura.
Já estão disponíveis no site as revistas O Malho (1902-1954), Panóplia (1901-1935), Anauê!(1935), Vida Moderna (1907-1925) e Escrita (1975-1988), além dos jornais Lanterna (1901-1935), Acção (1936), Germinal (1902-1913) e Correio Paulistano (1854-1963).
Texto resumido de Alex Sander Alcântara. Memória da imprensa. 9/2/2010 (Agência Fapesp)