Poeira do deserto faz chover na floresta
Por Fábio de Castro
A poeira do deserto do Saara, na África, tem uma influência importante no regime de chuvas da Amazônia. A afirmação, que pode parecer inusitada à primeira vista, foi comprovada em um estudo realizado por um grupo internacional de pesquisadores – com participação brasileira –, publicado na revista Nature Geoscience.
De acordo com Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e um
dos autores do trabalho, o objetivo foi realizar, pela primeira vez em uma região tropical do planeta, medidas de aerossóis conhecidos como núcleos de condensação de gelo – partículas que têm a propriedade de formar nuvens convectivas, influenciando a precipitação, a dinâmica das nuvens e a quantidade de entrada e saída de radiação solar.
dos autores do trabalho, o objetivo foi realizar, pela primeira vez em uma região tropical do planeta, medidas de aerossóis conhecidos como núcleos de condensação de gelo – partículas que têm a propriedade de formar nuvens convectivas, influenciando a precipitação, a dinâmica das nuvens e a quantidade de entrada e saída de radiação solar.
Segundo Artaxo, ao fazer as medidas, o grupo descobriu que a vegetação da própria Amazônia e a poeira proveniente do Saara são as duas principais fontes dos núcleos de condensação de gelo. “A importância disso é que a maior parte da chuva na Amazônia é proveniente das nuvens convectivas. E é a primeira vez que detectamos essas partículas. Identificamos como núcleos de gelo e medimos suas propriedades físicas, químicas e biológicas”, disse o também coordenador do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e ex-coordenador da área de geociências da FAPESP.
Para realizar o estudo, o grupo utilizou modelos matemáticos que simulam o comportamento das nuvens de gelo em condições amazônicas. “A parte surpreendente é que a poeira do Saara é responsável por uma fração significativa dos núcleos de condensação de gelo da Amazônia, especialmente em altas altitudes e temperaturas mais baixas”, explicou [Artaxo].
(Fonte: Agência FAPESP, 3/6/2009)
1) Coloque V ou F, conforme as afirmações sobre o texto acima sejam, respectivamente, Verdadeiras ou Falsas:
( ) Esse texto pertence ao gênero notícia de divulgação científica.
( ) A autoria do texto é atribuída à Agência FAPESP.
( ) O texto acima foi publicado na revista Nature Geoscience.
( ) A reportagem foi feita por Fábio de Castro.
( ) A linguagem do texto segue o padrão culto da língua portuguesa.
( ) O texto tem como público-alvo pessoas de todos os níveis socioculturais.
( ) A expressão “surpreendente”, constante do último parágrafo produz efeito de subjetividade.
( ) O texto apresenta uma linguagem subjetiva.
( ) Predominam no texto os verbos no modo subjuntivo, já que seu teor é hipotético. Trata-se de teorias a comprovar.
( ) A notícia foi divulgada pela área de geociências da Agência FAPESP.
( ) Os termos “nuvens convectivas” e “núcleos de condensação de gelo” pertencem ao jargão técnico.
( ) Paulo Artaxo é coordenador do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia.
( ) A poeira do deserto do Saara transforma-se em nuvens de gelo em condições amazônicas.
( ) Percebe-se erro na grafia de “aerossóis”, demonstrando uma inadequação à norma culta.
( ) A maior parte da chuva na Amazônia é influenciada por sua própria vegetação e pela poeira proveniente do Saara.
2) Corrija as afirmações falsas da questão acima.
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