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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Juventude negra, cidadania e resistência no Brasil - artigo acadêmico




Este artigo acadêmico foi apresentado no IV Encontro Afro-Cristão, incluindo-se entre as apresentações sobre o tema Juventude Negra: Sujeito de Direitos, no subtema Políticas Públicas. Seus autores são Adriana de Lourdes Szmyhiel Ferreira, Gildo José dos Santos e Mayra Brito dos Santos Leite. Neste texto, discutem, principalmente, a negação dos direitos essenciais aos jovens negros por parte da sociedade e do Estado brasileiro, as consequências dessa postura e formas de resistência do movimento da Juventude Negra. 

    
RESUMO
 O presente trabalho tem como objetivo contextualizar os aspectos enfrentados pelos jovens negros na sociedade contemporânea resultado de um processo histórico de negação de seus direitos. Estes aspectos, na maioria dos casos, provocam consequências avassaladoras na vida destes jovens e de seus familiares que, na maioria dos casos, tem como consequência a morte. A sociedade brasileira, regida por um Estado Democrático de Direito, em que todos os cidadãos devem ter seus direitos garantidos, ainda apresenta dados que contrariam os princípios consagrados na carta magna. Os altos níveis de desigualdade e injustiça social existente em nossa sociedade, principalmente nas regiões mais periféricas, demonstram um cenário de negação de direito, sobretudo no tocante aos direitos fundamentais dos jovens negros, seja, a vida e saúde. A base do presente artigo é um Trabalho de Conclusão de Curso intitulado: “DESAPARECIDOS DE MAIO DE 2006: UMA HISTÓRIA SEM FIM UM DESAFIO PARA O SERVIÇO SOCIAL NA PERSPECTIVA DE DIREITOS HUMANOS”.  A intencionalidade do trabalho em tela é provocar uma discussão que contemple a difícil sobrevivência dos jovens negros, os dados estatísticos, com recorte racial, uma breve contextualização do processo de luta do movimento negro, as políticas públicas específicas, bem como a possibilidade de um caminho construído pelos jovens que acabe e/ou diminua a mortalidade da juventude negra. A ênfase do trabalho, que tomamos como base, levou em consideração a questão religiosa, por meio de falas, colhidas durante entrevistas com as familiares que tiveram seus filhos vitimas de violência e também sofreram violência ao buscarem os seus direitos. A violência que marcou o episódio, fruto do trabalho referência, manifestou-se em suas diversas faces, pois ceifou a vida de 493 pessoas, sendo sua maioria, jovens negros, deixando 4 desaparecidas e mitigou o exercício de cidadania de muitas famílias.
Palavras-chave: Jovens negros – Violência – Estado - Religiosidade