Vídeo (do canal
Medialivre), com
depoimentos dos indígenas, põe à mostra o impacto que a construção da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte traz à saúde indígena, como já denunciava o site do movimento Xingu Vivo, em matéria publicada no dia 6 de outubro de 2011,
devido ao não cumprimento das condicionantes para a execução do
megaempreendimento na Amazônia.
Trecho da
denúncia do Xingu Vivo, em Malária,
mortalidade infantil e desmatamento desenfreado impactam indígenas em Altamira:
De acordo com fontes ligadas à Funai, a
reestruturação do atendimento à saúde indígena (condicionante da LI) está
completamente parada. O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI),
responsável pelo setor de saúde nas aldeias, está desestruturado e atualmente
dez aldeias da região de Altamira não contam sequer com técnicos de enfermagem,
que, após cinco meses sem receberem salários, foram forçados a abandonar os
locais de trabalho. Com isso, a remoção de pessoas enfermas das aldeias está
praticamente paralisada e acaba sendo feita pelos próprios parentes.
Já em Altamira, a Casa de Transito (Casai),
onde os doentes devem permanecer pelo período de recuperação, “é imunda, está
superlotada, não tem estrutura e regularmente doentes são mandados de volta às
aldeias antes do fim dos tratamentos”, informam as fontes.
Entre os principais problemas de saúde indígena
estão os casos de malária, que praticamente dobraram nos últimos meses. “Se
temos três pessoas infectadas na aldeia e elas não são removidas, em curto
espaço de tempo já temos 20 novos contaminados”, explica um funcionário da
Funai. Também os casos de mortalidade infantil vêm se agravando, atingindo hoje
o dobro da média nacional. “Só este ano, quatro crianças indígenas morreram”,
explica outro funcionário. De acordo com as fontes, o Plano Emergencial que
deveria ter sido elaborado pela Norte Energia ainda em 2010 seria assinado com
o DSEI apenas no final deste ano.
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