Muitos pensam que o "eu" que fala nas poesias e nas narrativas é a voz do próprio autor. Isso não é verdade. Tanto o "eu-poético" quanto o "eu-narrador" são criações do autor, são personagens.
Assim, por exemplo, se alguém escreve uma poesia de tristeza, expressando uma profunda depressão, isso não significa que o autor se sinta desse modo ou que tenha vivido as doloridas experiências narradas.
Mesmo quando alguém tenta expressar o que de fato sente, ainda assim o que for dito não será a realidade comum, mas a realidade poética.
A propósito, são verdadeiros os versos do poeta Fernando Pessoa ao nos revelar que "O poeta é um fingidor/ finge tão completamente/ que finge que é dor/ a dor que deveras sente".
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