tag:blogger.com,1999:blog-66603635205130978822024-02-21T09:27:50.945-03:00Personal Escritor@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.comBlogger501125tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-88347197825745682692019-11-18T17:07:00.001-03:002019-11-19T03:32:32.070-03:00Povo Manxineru repudia falsas acusações em jornais do Acre<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZQY5yZo2Pw_KErcYJGfCGAi8b9mYgdC39qO52-WfdlLTXDp8csC63jJ0TaFowmTwCyb6ld2MPYlHISbrKB2RW0Dq2EEIGe9EEWvR6J9ZomRyVkOvn6wffwQx2Ling22SpSSIdg_1gAyw/s1600/machineri_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="465" data-original-width="698" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZQY5yZo2Pw_KErcYJGfCGAi8b9mYgdC39qO52-WfdlLTXDp8csC63jJ0TaFowmTwCyb6ld2MPYlHISbrKB2RW0Dq2EEIGe9EEWvR6J9ZomRyVkOvn6wffwQx2Ling22SpSSIdg_1gAyw/s400/machineri_2.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Tony Gross, 1979 (via <a href="https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Manchineri">https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Manchineri</a>)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Povo Manxineru repudia falsas acusações em jornais do Acre. </span><span style="color: #14171a; font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">A principal fonte das matérias caluniosas é réu em processos por crime ambiental e difunde discurso de ódio contra os Manxineru e lideranças do povo Jaminawa.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Eis a nota de repúdio deste povo indígena:</span><br /><br /><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">"Nós, lideranças, professores, agentes de saúde, pais e mães de família e demais representantes do povo Manxineru declaramos o nosso repúdio às falsas acusações que foram levantadas contra nós em matérias veiculadas nos jornais O Acre Agora e AC 24 Horas. Sabemos bem que a pessoa que é a principal fonte das referidas matérias é réu em processos por crime ambiental e têm espalhado ameaças gratuitas contra nosso povo e também contra representantes do povo Jaminawa. Sabemos também que a área que ele nos acusa de invadir está sob embargo do Ibama e da Polícia Federal, porque essas pessoas não tem permissão legal para derrubar a mata e abrir campos de pasto, e não tem permissão para fazer esse ramal que eles insistem em abrir.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Nossos povos já viviam e cuidavam das florestas nessa região às margens do rio Iaco desde muito antes da chegada desse ou de qualquer outro fazendeiro. A área que ele falsamente alega que invadimos (a chamada Fazenda Senegal) foi trabalhada por nossos avós desde a época da chegada de Moisés de Souza e de Avelino Chaves, há mais de um século atrás. Se não fosse o trabalho de nossos parentes antigos, não haveria sequer a possibilidade desses brancos que agora nos acusam falsamente viver ou criar seus bois ali. Fomos nós que abrimos aquelas terras, quando éramos explorados pelos antigos patrões.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">É mentira que andamos armados naquela região, pois sabemos muito bem que os nossos parentes que possuem espingardas só tem direito à posse para a caça de subsistência. Jamais ameaçamos qualquer pessoa, ao contrário do que faz agora esse que nos acusa. Nos perguntamos é se as armas com as quais essas pessoas nos ameaçam estão devidamente licenciadas. Eles sim andam armados, como afirmam nas referidas matérias jornalísticas. Eles tem o porte dessas armas? Ao ameaçar pessoas inocentes de maneira racista e preconceituosa eles estão de acordo com a lei?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Todos os moradores brancos mais antigos das Reserva Extrativista ou das áreas próximas à nossas terras indígenas nos conhecem bem e atestam a nossa boa índole. Temos boas relações com todo mundo que nos respeita e que respeita a legislação ambiental em nossa região. Esses forasteiros que vieram apenas explorar e degradar as florestas é que agora querem criar esse tipo de problema, justamente para esconder as ilegalidades e a destruição ambiental que estão promovendo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Por tudo isso que expusemos, pedimos às autoridades competentes que tomem as devidas providências, no sentido de proteger a nossa honra, de proteger as nossas crianças e as nossas famílias. Os crimes de racismo e os crimes ambientais cometidos por essas pessoas não devem ficar impunes."<br /><br />Fonte: <a href="https://www.twitlonger.com/show/n_1sr2kp6">https://www.twitlonger.com/show/n_1sr2kp6</a> via @tapecuim</span><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br />Mais informações:</span></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><a href="https://noticiasdahora.com.br/index.php/politica/5601-abertura-de-ramal-e-fazendas-de-gado-colocam-em-risco-maior-terra-indigena-do-acre.html">https://noticiasdahora.com.br/index.php/politica/5601-abertura-de-ramal-e-fazendas-de-gado-colocam-em-risco-maior-terra-indigena-do-acre.html</a></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-64195525376111422312019-11-10T02:00:00.002-03:002019-11-10T02:48:13.947-03:00Reflexões sobre o atual contexto boliviano<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">na escuridão que nos toca... Compartilhamos as reflexões de nossos afins</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Por XGabrielRG</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O governo do MAS, em sua tentativa de conservar o poder, abriu as portas para o surgimento do conservadorismo mais reacionário. A violência desencadeada nas ruas, as mortes e a energia social investida nos confrontos destroem o tecido social de Cochabamba novamente (Enero Negro não se esquece). Mas, desta vez, isso acontece de forma ainda mais trágica, devido à abrangência territorial que teve. Não estamos falando apenas do centro da cidade, mas de múltiplas fontes de confronto nas periferias e zonas interprovinciais (1). Este conflito está inaugurando uma era sombria, de radicalismos autoritários, não apenas na vida política em geral, mas na própria sociedade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Evo Morales poderia reconhecer sua derrota sem entender isso como a morte do MAS ou o “fim do processo de mudança”, uma vez que é uma enorme força política (cerca de 40% dos votos) e certamente terá uma vida longa como partido. Além disso, se o MAS entende que a transformação social se processa por longos períodos, a eventual saída do governo poderia ser vista como um "abaixar às bases", na linguagem sindicalista, poderia até contribuir para a renovação e o aprofundamento de uma vida política "desde abaixo". Mas, por ganância de poder, ele preferiu transformar a Bolívia numa arena de confrontos civis (2), aplicando “democracia a paus”, onde os problemas políticos, entre a sociedade e o Estado, são resolvidos com polarização (“defesa do processo de mudança” vs.“defesa da democracia”) e ódio fratricida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">E o que é pior, do auge do descontentamento social, emergem temíveis personagens, líderes carismáticos que não eram candidatos e que provêm de organizações muito pouco democráticas. Esses líderes se alimentam do conservadorismo da sociedade boliviana (uma verdadeira tara patriarcal-colonial) e também o fomentam e exaltam. Atualmente, ecoa uma retórica beligerante e demonstrações de fundamentalismo religioso - o que, perigosamente, gera mais adesões (3) (4). Se, no início do conflito, a população saiu espontânea e polifonicamente, agora existe um alinhamento ideológico em torno dessas lideranças.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">As organizações sociais (5) e os esquerdistas bem-intencionados, mobilizados em defesa do voto, terão capacidade para intervir nas decisões dos cívicos ou dos partidos políticos? Afinal, são eles que tomarão as decisões importantes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Neste contexto, a nova “geração de jovens nas ruas” (6) não consegue expressar algo além do voto, o que não é menor, mas já é insuficiente, reduzindo o conflito à defesa de uma abstração, “democracia”, assim como o MAS defende outra, "A revolução". Concretamente, é evidente a maneira pela qual o MAS governou (extrativismo, rentismo, disciplinamento, tutelagem, etc.), mas me pergunto qual é a concepção que “Macho Camacho” tem sobre democracia, ou qual será seu critério econômico ou sua memória histórica. Parece que os laços de confiança com esses líderes estão sendo tecidos de maneira acrítica e precipitada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O que é muito claro é a ferida que se (re)abre na sociedade de Cochabamba, são evidentes os ódios e a criação de fronteiras imaginárias entre nós, enquanto os governantes lavam as mãos e fazem cálculos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Neste banho de pedras, paus, gases, humilhações e sangue (7), inaugura-se uma sociedade mais repressiva, que fará sentir sua (dupla) moral conservadora, "religiosa", racista e patriotesca, esta de que se investem os cívicos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Parece que as possibilidades de um Pachakuti se fecham e dão lugar a Purun Pacha (tempos sombrios). É urgente permanecermos juntos e combatermos o conservadorismo em todos os níveis, de onde quer que venha; e ter sempre em mente que a luta é pela vida e, em qualquer caso, para recuperar a capacidade de mandato a partir de baixo. A luta não deve ser para erigir sombrios líderes.</span></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Referências:</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(1) </span><a href="https://www.la-razon.com/nacional/animal_electoral/Muere-herido-conflictos-Cochabamba-bolivia-elecciones_0_3252874728.html"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">https://www.la-razon.com/nacional/animal_electoral/Muere-herido-conflictos-Cochabamba-bolivia-elecciones_0_3252874728.html</span></a><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(2) <a href="https://www.youtube.com/watch?v=qxids3NOTg8">https://www.youtube.com/watch?v=qxids3NOTg8</a></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(3) <a href="https://www.facebook.com/MujeresporBoliviaOficial/videos/438613770104337/">https://www.facebook.com/MujeresporBoliviaOficial/videos/438613770104337/</a></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(4) Aos 5’17’’, o entrevistado afirma: “Nosso líder [Camacho] disse algo muito claro: podem nos cercar, podem nos pegar, temos a Deus conosco, somos o povo que está unido para mudar este país”. <a href="https://www.facebook.com/MujeresporBoliviaOficial/videos/438613770104337/">https://www.facebook.com/MujeresporBoliviaOficial/videos/438613770104337/</a></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(5) <a href="https://www.lostiempos.com/actualidad/pais/20191107/camacho-participa-cabildo-adepcoca">https://www.lostiempos.com/actualidad/pais/20191107/camacho-participa-cabildo-adepcoca</a></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(6) <a href="https://www.paginasiete.bo/rascacielos/2019/11/3/gas-bicarbonato-revuelta-el-bautizo-de-una-generacion-236185.html?fbclid=IwAR0HkvS5vcT5rXJy3W38Q_PNTMpUZAo7nsnAenZTL2lQF9PzepkpkmL7L50">https://www.paginasiete.bo/rascacielos/2019/11/3/gas-bicarbonato-revuelta-el-bautizo-de-una-generacion-236185.html?fbclid=IwAR0HkvS5vcT5rXJy3W38Q_PNTMpUZAo7nsnAenZTL2lQF9PzepkpkmL7L50</a></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(7) <a href="https://la-razon.com/nacional/animal_electoral/violencia-Cochabamba-heridos-muerto-alcaldesa-elecciones-bolivia_0_3252874730.html">https://la-razon.com/nacional/animal_electoral/violencia-Cochabamba-heridos-muerto-alcaldesa-elecciones-bolivia_0_3252874730.html</a></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Tradução de <a href="https://chaskiclandestina.org/2019/11/09/purun-pacha/">https://chaskiclandestina.org/2019/11/09/purun-pacha/</a></span><div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-5833182757780451982018-03-01T14:21:00.002-03:002018-03-01T21:19:57.482-03:00Solidarity with the Anacé indigenous people of Brazil<div style="background-color: white; margin-bottom: 6px;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><b>Solidarity with the Anacé indigenous people of Brazil</b></span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><br />Please send your support to <b>direitosindigenasce@gmail.com</b></span></span></div>
<div style="background-color: white; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<br /></div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<b>Historical background</b></div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<b><br /></b>
</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
In the Brazilian state of Ceará, (on the North East Atlantic coast of the country, the eight largest in the country, whose capital is Fortaleza) indigenous peoples were silenced for centuries; first by genocide and slavery, later by a prohibition against speaking their original language and a prohibition against official marriage with anyone except white or freed black people. This reached the point that, in 1863, an official document was published, under pressure from the economic interests of the dominant elite and with symbolic force of law, which established that “there were no more Indians in the state”. However, in fact there are 14 indigenous peoples in 25 localities in Ceará, part of the 305 peoples that inhabit Brazil.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjINAgcf9cQgTn6lbn4Oxh6K8TL7icsFSiRnlJsGWf_LdPT_DpbuvH9pa2gri_FkkC06IBa6SHoysTxyFUH0UFfN5i2aKJ8oOyRZnMKg28mU7mZZ47u4P7jQhAKevncZJk8yiXPXRfnFOU/s1600/ResevaIndigenaTabaAnace-Foto_MarioVilela-FUNAI_-24.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1065" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjINAgcf9cQgTn6lbn4Oxh6K8TL7icsFSiRnlJsGWf_LdPT_DpbuvH9pa2gri_FkkC06IBa6SHoysTxyFUH0UFfN5i2aKJ8oOyRZnMKg28mU7mZZ47u4P7jQhAKevncZJk8yiXPXRfnFOU/s400/ResevaIndigenaTabaAnace-Foto_MarioVilela-FUNAI_-24.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Photo: Mário Vilela/Funai</td></tr>
</tbody></table>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
From the 1990s, the Anacé indigenous people began to suffer from a new series of attacks with the installation of the Industrial Complex and Port of Pecém. This is 50 km from Fortaleza and is the closest Brazilian port to both Europe and USA, with transit times as short as six days to New York and seven days to Portugal and Spain. Just ten years old, it is already the main Brazilian port for the transportation of fruit, cement and shoes. It is also one of the main ports for the movement of steel, iron and cotton.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
This complex has two thermoelectric plants in operation (one coal, with two units, respectively controlled by EDP and Eneva, a subsidiary of the British multinational EOn and a gas plant belonging to Enel - an Italian multinational.) and a steel mill. Together, they are authorized to use 2529 litres of water per second, enough to supply more than one million people. Their consumption worsened the situation of the water reservoirs of Ceará, already harmed by 5 years of unprecedented drought and high rates of evaporation, probably as a result of climate change.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
In 2015, before the start of the steelworks, the thermoelectric plants alone emitted 7.25 Megatons of CO2 (22.7% of the total emissions of the state in CO2-equivalent) as well as toxic gases and particulate material. This also severely impacts on the health of local communities (indigenous and non-indigenous). As if that were not enough, part of the Anacé people was forcibly removed from its territory, which remains unmarked, to a "reserve", to pave the way for the installation of an oil refinery, which is planned to happen in the coming years through Chinese investment.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Due to the delay in demarcating their lands, the Anacé communities started actions in which they mark out their own lands, which they call "retomadas". One of them (Japuara) is consolidated but covers only a small part of the territory. The new retomada attempts have met a violent response from squatters and by the state police apparatus.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
In addition, due to the falling level of the reservoirs, the state government has begun to use groundwater in the region, which, according to environmental impact studies, will have a serious impact on the quantity and quality of the local water, drying up small shallow wells that serve families and small communities, and allowing saline intrusion. The Anacés are once again at the forefront of resistance against this project, having started court action and set up camp to protect their water. The camp was violently repressed and the lawsuits are still in dispute, although the government is still carrying out the work. We ask for solidarity with this brave group of fighters.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<b>Appeal</b></div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
We, social-environmental movements, indigenous organizations, environmentalists, human rights defenders and supporters of the indigenous cause, give our full and unconditional support to the Anacé Indigenous People of the communities of Japuara and Cauípe and their traditional leaders. We condemn the acts of violence and the violations committed by squatters, authorities and public agents.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
A month after the police twice repossesed their land by force, Anacé leaders, especially from Japoara and Cauípe, in the municipality of Caucaia, in the state of Ceará, still face frequent intimidation. There are reports of people passing on motorcycles, wearing helmets to hide their faces, with a message that the Anacés interpret as a threat. They fear for their lives.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
The Anacé people have lived in this region from at least the sixteenth and seventeenth centuries. Expelled from their traditional territory, they have little basis to maintain their practices and customs. The areas in which they have been forced to live have not yet been given official status, as the federal constitution sets out, leading to a systematic advance of squatters on the small patch of land for which this people fights, at all costs, to guarantee current and future generations.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Without effective action by public authorities, especially the institutions responsible for guaranteeing the rights of indigenous peoples, such as the National Indian Foundation (FUNAI) and the Federal Public Prosecutor's Office (MPF), besides the Federal Government, the Anacé People began and intensified in the last five years, a process known as “retomadas”, in which they act to occupy their own land - actions carried out by indigenous peoples in several states of Brazil, mainly in the Northeast and Center-West regions.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
One such retomadas in January resulted in police aggression and the repossession of the land by the state of Ceará, without any of the legal procedures that should be used in cases that directly affect indigenous peoples, such as the presence of FUNAI, the Brazilian Government Agency for Law Enforcement and the Federal Police.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
In addition to the struggle for land rights, the Anacé also fight for their right to water. At the end of 2017, leaders of the Anacé indigenous people filed a popular action, in the State Court of Caucaia, against illegal water withdrawal from Lagamar do Cauípe, an Environmental Protection Area. In the first moment, they obtained a court decision favorable to indigenous and traditional communities. However, the state government were later granted permission to use the waters of Cauípe .</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<b>History of violent repossessions</b></div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
On January 19, 2018, the first repossession took place, in a “retomada” area known as Lagoa do Barro, in the municipality of Caucaia, which is in the hands of squatters. The Anacé reported aggression suffered during the violent eviction, with some leaders threatened with arrest.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
A few days later, on January 24, 2018, due to the fight against the withdrawal of water from Lagamar do Cauípe to supply the companies of the Industrial Complex and Port of Pecém, affecting the lives of 27 communities, the police carried out a further attack to repossess land. Rubber bullets and pepper spray were used, the tents where the leadership had sheltered for more than one month, to resist the irresponsible use of water to favor large capital, were overturned.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
After the repossession, the Anacés, especially the community of Japoara, suffered threats, intimidation and criminalization because of their struggle for land, water and the full right to live.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
We reiterate our support; we demand the investigation of the threats; we demand that the violence against Anacé People of the communities of Japoara and Cauípe ceases.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: start;">
For the immediate Demarcation of the Anacé Indigenous Land!<br />
Land demarcated, life guaranteed!</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
[Please send your support to direitosindigenasce@gmail.com]</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<br /></div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<div style="text-align: left;">
Source: <iframe allowtransparency="true" frameborder="0" height="200" scrolling="no" src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Falexandre.araujocosta%2Fposts%2F1883186421723241&width=500" style="border: none; overflow: hidden;" width="500"></iframe></div>
</div>
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><br /><a href="https://www.huffingtonpost.com/entry/as-protecting-the-environment-becomes-more-dangerous_us_592b7f3de4b08861ed0ccac0" target="_blank"><b>As protecting the environment becomes more dangerous, we must offer global solidarity</b></a></span></span></div>
<div style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: start;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: start;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/nSAxT0irh1w" width="560"></iframe></span></span></div>
</div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-8198726766324248022016-04-11T10:49:00.001-03:002016-04-11T11:01:36.050-03:00Freedom for Chief Babau and Teity immediately #LibertemBabauETeity<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNe3A0T6gbPhEzpg0rR1PdcBdeVS6g9dk42xp-Y8bjLyJeFHtQ6gqSV6-o2sbm4a0IZS5D85FSQBJ7aSlCP8wUk4DpQ-d3mEY8ue_UjokOshaKs_W-oP9XS_Z4Y7kygRZfNBJ3c8a1Xso/s1600/babau.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="147" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNe3A0T6gbPhEzpg0rR1PdcBdeVS6g9dk42xp-Y8bjLyJeFHtQ6gqSV6-o2sbm4a0IZS5D85FSQBJ7aSlCP8wUk4DpQ-d3mEY8ue_UjokOshaKs_W-oP9XS_Z4Y7kygRZfNBJ3c8a1Xso/s400/babau.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Freedom for Chief Babau and Teity immediately #LibertemBabauETeity. We request that Chief Babau and his brother Teity be immediately released.<br />
<br />
<b><a href="https://secure.avaaz.org/po/petition/cepedescepedesorgbr_Liberdade_para_o_Cacique_Babau_e_seu_irmao_Jose_Aelson/?pv=3" target="_blank">Sign the petition here</a></b>.<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Subject: Arrest of Rosivaldo Ferreira <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="2be860ed-60a1-48dd-8039-c31767a5c13f" id="7977c2cb-210a-47dc-a003-454686315e77"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="7c3af632-08f9-47b7-ac1a-9cf7df6a960a" id="038750f1-c3f0-4636-bb05-320d53ea22fe">da</gs></gs> Silva (Chief Babau) and his brother José Aelson Jesus <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="2be860ed-60a1-48dd-8039-c31767a5c13f" id="8e7045cd-d67d-4692-94aa-e5b02c9b649b"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="7c3af632-08f9-47b7-ac1a-9cf7df6a960a" id="bb2b44ad-4394-493a-84ff-ace51291c0a1">da</gs></gs> Silva (Teity Tupinambá).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Yours Excellencies in Brazil:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
We, organizations and people from and outside Brazil, request that Rosivaldo Ferreira <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="5016fae4-602e-495d-bf49-4c22345dd734" id="3edb2051-ca99-4a11-be2e-78e8d80d1f5a"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="a2382640-8f69-4c9d-b039-e4e9e390b3ac" id="6c657197-09c2-4e73-a38c-6fa8ef5d50f0">da</gs></gs> Silva and his brother, José Aelson Jesus <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="5016fae4-602e-495d-bf49-4c22345dd734" id="a305a4f8-1848-4ed1-bd36-a766a60ba491"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="a2382640-8f69-4c9d-b039-e4e9e390b3ac" id="76623e29-2872-4251-8926-694018431c54">da</gs></gs> Sila (Teity Tupinambá), arbitrarily arrested by the end of the morning of April 7 by the Military Police (PM) of Bahia in the Olivença District, municipality of Ilhéus, for denouncing the illegal extraction of sand in and around a water spring, a protected area in the village of Gravatá, be IMMEDIATELY RELEASED because they did not commit any crime.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
The brothers were victims of an ambuscade conducted by the Military Police (PM) of the Bahia state, after they denounced the environmental crime, that already resulted in an embargo by IBAMA (Brazilian Federal Environmental Agency). Besides, the Southern region of Bahia faces nowadays one of its worst water crises of its history where in towns such as Itabuna water for basic consumption, such as drinking and cooking is scarce.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
According to the commander of the Police (PM), the two Tupinambá brothers were impeding the way-out of trucks, called caçambeiras, full with sand extracted inside the village. The judge Lincoln Pinheiro <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="374b2600-696a-4c63-9a8b-e61e33a4af9f" id="a9d486b5-4434-4d35-9a43-201b2265402a"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="b91f0301-cb30-4a16-91ce-7be611bcea17" id="018758a1-d4cd-43d8-8fa3-19a2ab5b1bd9">da</gs></gs> Costa, of the Federal Court of Ilhéus, who conceded the decision in favor of displacing the Tupinambás from the Gravatá village on January 12. This decision, implemented on April 6, had already determined that the PM would escort the trucks. About one week ago, these escorts were being done by the PM; nevertheless the Tupinambas maintained the denunciation of environmental crime and counted on the embargo of IBAMA.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
In spite of the fact that one day earlier, on April 5, a suspension of the judge's decision of displacement of the Tupinambás had been negotiated, the PM used all its force to displace the inhabitants of the village of Gravatá, forcing them to hide themselves in the forest and in neighboring villages. The same Military Police that had been giving support to the environmental crime arrested, later on, Chief Babao and his brother at the Federal Police office, alleging that they were carrying a revolver caliber 38 for exclusive use of the police. Chief Babau and Teitê denied that the armed <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="089f6e6a-4627-43b0-bc37-57d913c4633c" id="cd6880e0-515d-4024-8163-c5ac76582d1f"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="9b19b717-364c-4baa-8eb1-4b2c75a86fdf" id="fc9e9b37-9858-46e2-95c2-245d0ce78c5d">guns</gs></gs> were theirs, what indicates that the weaponry was forged with the intention to incriminate and criminalize the Tupinambá leaders.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Already for some time, Judge Lincoln Pinheiro <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="20c3bb60-c603-458f-8793-aa93aa501232" id="6cb4fb37-9bb7-4880-ba27-a335537ea888"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="4ccc85ae-90e2-47d3-a0e7-f222f2319fd0" id="aa28c62e-9473-4db6-96db-e50ce3f19ca8">da</gs></gs> Costa of the Federal Court in Ilhéus has been acting in a way of assuring that non-Indigenous can extract <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="20c3bb60-c603-458f-8793-aa93aa501232" id="e936cd1f-1341-4643-992f-18d50fc38081"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="4ccc85ae-90e2-47d3-a0e7-f222f2319fd0" id="51739b11-e71c-42d9-b83e-44e222adf643">sand</gs></gs> from the Indigenous Tupinambá territory in Olivença. He caused discord with the Tupinambá is by adopting an attitude of wanting to intermediate the conflict between the indigenous and non-indigenous people, responsible for extracting sand from the spring. The proposal of the judge is that the indigenous people can remain in the village Gravatá, only if they do not impede the extraction of sand.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
The recent history of violence by the State against the Tupinambá is big, both from the big farmers as well as from gunmen, including arbitrary arrests, abuse of police force, torture, destruction of houses, community <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="0f2aa2ad-4e87-44eb-8b2b-019d87edf3ef" id="a48aa88c-23fc-47e7-a15f-a4458e37bd26"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="290d8c0c-a509-469a-a5fc-e4b53fb823b3" id="f2578e8e-a0ff-4d64-8ad6-360310208286">cars</gs></gs>, food and school equipments. In that way the Federal Police imposed <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="7f96b8e8-f4d7-46d0-8a6c-b9cb8817de16" id="3c31e511-1b02-4f8a-8bcd-928f336c6bc1"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="1b61ef91-f7d9-4e11-bd54-f4d128f635c0" id="7b4525ac-3372-437c-a662-1b34398180a5">systematically</gs></gs> pressure, supported by court decisions or other justifications not very clear for the Tupinambás, so that the Tupinambás would leave their re-conquered territory. Especially chief <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="633d3e90-23a5-4ad9-8de0-23b21421bda7" id="2cef1515-56f0-4f0d-9981-737c964d1c0d"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="1adcbc40-3c43-416c-b094-f52054fecca6" id="1c490427-c399-4e53-8187-1a73aa91184f">Babau</gs></gs> and his family have been targeted, resulting in an endless list of violence against the Tupinambá of the Serra <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="633d3e90-23a5-4ad9-8de0-23b21421bda7" id="bf6dfc23-de01-44a0-bf63-1e48de33374f"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="1adcbc40-3c43-416c-b094-f52054fecca6" id="b5f213e7-a541-4135-ad36-d8a2efe283fd">do</gs></gs> Padeiro territory.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
We trust the Word of the Chief and his brother, because of his responsible behavior and defense of nature, his community and supporting groups and people, as well as the organized and just <gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="113b74ca-08e4-4a6b-b3c7-ca119a23dd1f" id="11795df9-e23c-4e03-a61e-bca6ba9df86d"><gs class="GINGER_SOFTWARE_mark" ginger_software_uiphraseguid="d5c98aa7-ecad-4e8f-972a-70a61b944ef8" id="cb16330c-effb-460a-afab-5a22dfccc221">way</gs></gs> he leads his community that supports him as a Chief. This allows us to DEMAND, that Chief Babau and his brother be released now!</div>
<br />
Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul/Ba – CEPEDES.<br />
<br />
Source: http://racismoambiental.net.br/?p=205411<br />
<br />
<div>
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-72877749059182899752015-08-15T07:39:00.001-03:002015-08-17T02:44:58.454-03:00Brutal operação policial para desocupar um terreno mata um jovem <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXoFdmpK23dK3ws_UUBFlxXda2XU0bZqQCnkIwI2atIlLO0iYqanhpHryWhrcmccAunBg8bfy8Ix3Qy8EuQ61MgZ04xUjQ9aNuBYZr1w5FcB4mUTLOEg_PzNKXepf530_0j33WJdfp6x8/s1600/CMbclOiWoAExfGt+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXoFdmpK23dK3ws_UUBFlxXda2XU0bZqQCnkIwI2atIlLO0iYqanhpHryWhrcmccAunBg8bfy8Ix3Qy8EuQ61MgZ04xUjQ9aNuBYZr1w5FcB4mUTLOEg_PzNKXepf530_0j33WJdfp6x8/s320/CMbclOiWoAExfGt+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Brutal operação policial para desocupar um terreno mata um jovem em São Luís (MA).</div>
<div style="text-align: justify;">
Na manhã desta sexta-feira, 13 de agosto, foi feita uma verdadeira operação de guerra para a reintegração de posse expedida pelo juiz da 3ª Vara de São José de Rimabar, Marcio Jose do Carmo, em um terreno na periferia da cidade de São Luís, Maranhão, culminando na morte de Fagner Barros dos Santos, de 19 anos.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Relato do ocorrido, segundo depoimentos das famílias, coletados ao longo do dia 14 de agosto, por advogados populares:</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
1 - A Polícia Militar do Maranhão (PMMA), especificamente o 8º. Batalhão, com um contingente de quase 100 policiais, chegou nas primeiras horas do dia 13, diante do terreno em conflito.</div>
<div style="text-align: justify;">
2 - Logo após a chegada, a PMMA invadiu o terreno e passou a expulsar com extrema violência as famílias.</div>
<div style="text-align: justify;">
3 - Alguns ocupantes revidaram, lançando pedras contra a guarnição, que revidou com rajadas de metralhadoras, de pistolas e escopetas.</div>
<div style="text-align: justify;">
4 - A ação policial passou a ser filmada pelos ocupantes do terreno e por moradores da redondeza. Isto incitou a ira da tropa, que passou a lançar bombas de um helicóptero do Grupo Tático Aéreo.</div>
<div style="text-align: justify;">
5 - Em meio às rajadas de tiros de munição letal, o jovem Fagner Barros dos Santos, de 19 anos, foi atingido com um tiro na testa e morreu no local. Outras pessoas foram atingidas, inclusive, um menor de idade que se encontra internado em centro médico.</div>
<div style="text-align: justify;">
6 - A PMMA invadiu casas, espancou as pessoas e lançou várias bombas contra os civis do alto do helicóptero. Além do uso de armas letais, lançaram spray de pimenta contra os ocupantes do terreno.</div>
<div style="text-align: justify;">
7 - Todos os barracos foram derrubados, e pelo menos 200 famílias estão ao relento.</div>
<div style="text-align: justify;">
8 - Há vários capangas vigiando e ameaçando as famílias, inclusive alguns policiais do serviço velado.</div>
<div style="text-align: justify;">
9 - As pessoas estão com medo de que novas mortes ocorram.</div>
<span style="text-align: justify;">10 -</span><span class="Apple-tab-span" style="text-align: justify; white-space: pre;"> </span><span style="text-align: justify;">Os barracos estão sendo reerguidos.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Relato de Diogo Cabral, advogado popular do estado do Maranhão.<br />
<br />
<a href="https://www.facebook.com/download/677562985711212/DOC712.pdf" target="_blank">Ofício do GABINETE DO COMANDANTE GERAL DA PMMA</a><br />
(98) 3268-3050/3268-3051<br />
<br />
Notícia publicada pelo G1: <a href="http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2015/08/pm-atira-e-mata-jovem-durante-desocupacao-de-predio-em-sao-luis.html?utm_source=twitter&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar" target="_blank">PM atira e mata jovem durante desocupação de terreno em São Luís</a><br />
<a href="https://www.facebook.com/vias.defato.5/posts/727113534084712?hc_location=ufi" target="_blank"><b>Editorial de Vias de Fato</b></a> (postado em 15/08/20150)<br />
<br />
Alguns dos tweets de Diogo Cabral:<br />
<blockquote class="twitter-tweet" lang="pt">
<div dir="ltr" lang="pt">
1. Sobre o Massacre da PMMA contra sem tetos em São Luís, helicóptero lançou bombas contra população civil indefesa <a href="http://t.co/cYNtb3cFjK">pic.twitter.com/cYNtb3cFjK</a></div>
— Diogo Cabral (@Diogotapuio) <a href="https://twitter.com/Diogotapuio/status/632435430198235136">15 agosto 2015</a></blockquote>
<blockquote class="twitter-tweet" lang="pt">
<div dir="ltr" lang="pt">
4. Sobre o massacre da PMMA contra sem tetos em São Luís, o TJMA determinou o despejo de 200 famílias sem saber a realidade social do local</div>
— Diogo Cabral (@Diogotapuio) <a href="https://twitter.com/Diogotapuio/status/632437698100371456">15 agosto 2015</a></blockquote>
<blockquote class="twitter-tweet" lang="pt">
<div dir="ltr" lang="pt">
Massacre da PM contra sem tetos em São Luís acaba em morte d 1 jovem e vários feridos <a href="https://twitter.com/luis__pedrosa">@luis__pedrosa</a> <a href="https://twitter.com/wagner_cabral">@wagner_cabral</a> <a href="http://t.co/BhOXvwYsHs">pic.twitter.com/BhOXvwYsHs</a></div>
— Diogo Cabral (@Diogotapuio) <a href="https://twitter.com/Diogotapuio/status/632352458472321024">15 agosto 2015</a></blockquote>
Alguns tweets de @PersonalEscrito, baseados nas informações prestadas por Diogo Cabral (em inglês):<br />
<blockquote class="twitter-tweet" lang="pt">
<div dir="ltr" lang="en">
Military police threw bombs on the homeless from a helicopter during the eviction in <a href="https://twitter.com/hashtag/S%C3%A3oLu%C3%ADs?src=hash">#SãoLuís</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Brazil?src=hash">#Brazil</a>. -<a href="https://twitter.com/Diogotapuio">@Diogotapuio</a> <a href="http://t.co/5D0CKDJOQD">pic.twitter.com/5D0CKDJOQD</a></div>
— #Terrorista (@PersonalEscrito) <a href="https://twitter.com/PersonalEscrito/status/632448844811386880">15 agosto 2015</a></blockquote>
<blockquote class="twitter-tweet" lang="pt">
<div dir="ltr" lang="en">
Police also used lethal weapons during eviction of homeless: pistol point40, rifle, & shotgun12. <a href="https://twitter.com/hashtag/S%C3%A3oLu%C3%ADs?src=hash">#SãoLuís</a>, <a href="https://twitter.com/hashtag/Brazil?src=hash">#Brazil</a>. <a href="http://t.co/nrSFsXQUuc">pic.twitter.com/nrSFsXQUuc</a></div>
— #Terrorista (@PersonalEscrito) <a href="https://twitter.com/PersonalEscrito/status/632455498189664256">15 agosto 2015</a></blockquote>
------------------------------------------------------------<br />
ATUALIZAÇÃO (16/08/2015)<br />
Uma grupo do jornal Vias de Fato esteve hoje, domingo (16/08/15), no Turu, no local onde Fagner Barros dos Santos foi assassinato brutalmente por agentes do Estado e no terreno ocupado pelos trabalhadores.<br />
Algumas constatações:<br />
<div style="text-align: justify;">
1 - A armação das casas, derrubadas pela PM na quinta (13/08/15), já estão novamente de pé! Com a enorme revolta em torno da tragédia, eles afirmam que pretendem resistir. “O sangue de Fagner não será em vão”, dizem. </div>
<div style="text-align: justify;">
2 - Segundo estes mesmo trabalhadores, o nome da ocupação está entre Vila Fagner ou Residencial Fagner. </div>
<div style="text-align: justify;">
3 - No terreno, motivo da tragédia e da ocupação, existia, até bem pouco tempo, um imenso lixão, junto a um enorme matagal. Segundo os moradores da região, lá era utilizado, também, como local de desova e de desmanche de motos. </div>
<div style="text-align: justify;">
4 - Após a ocupação deste terreno (e poucos dias antes da trágica ação do Estado), o prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim, mandou seis caçambas para limpar a área. </div>
Fonte: <a href="https://www.facebook.com/vias.defato.5/photos/p.727569887372410/727569887372410/?type=1&theater" target="_blank">Facebook de Vias de Fato</a><br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Ua9cGMW33gGLuInCQffRt56NPmlW9AlIEctnoGPwPLUe5JDZKzEneOeArYBO4r2E3O41fXSwDzG0VZw8bti7Uytii6ruvYwsf8D7xHiCaNczCrWrNsUXr_XHxJgzdmN4DjtYfybLFII/s1600/11899832_727569887372410_8325055328472267700_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Ua9cGMW33gGLuInCQffRt56NPmlW9AlIEctnoGPwPLUe5JDZKzEneOeArYBO4r2E3O41fXSwDzG0VZw8bti7Uytii6ruvYwsf8D7xHiCaNczCrWrNsUXr_XHxJgzdmN4DjtYfybLFII/s320/11899832_727569887372410_8325055328472267700_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b><a href="https://www.facebook.com/vias.defato.5/posts/727113534084712" target="_blank">Vias de Fato</a></b>: "<i>Este crime tem alguma relação com a Medida Provisória 185, assinada por Flávio Dino em janeiro deste ano, logo no início do seu governo? Alguém lembra que três organizações sociais lançaram uma nota, ainda em janeiro, dizendo que esta mesma MP seria uma “licença para matar”? Não é o caso de se tratar disso agora, diante de nova tragédia? Não? Então não devemos mais falar disso? Devemos esquecer a nota das entidades</i>?"</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b><a href="http://www.viasdefato.jor.br/index2/index.php?option=com_content&view=article&id=1116:violencia-e-in-seguranca-no-maranhao&catid=34:yootheme&Itemid=204" target="_blank">Violência e (in) segurança no Maranhão</a></b> (Nota das entidades sobre a Medida Provisória 185.) </div>
<div style="text-align: justify;">
_______________________________________________________</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
PROCESSO 3547-93.2015.8.10.0058</div>
<div style="text-align: justify;">
ÀS 15:23:55 - CONCEDIDA A MEDIDA LIMINAR</div>
<div style="text-align: justify;">
Processo nº. 3547-93.2015.8.10.0058 Ação de Manutenção de Posse c/c Pedido Liminar Autora: Hispamix Brasil Investimentos Ltda Réus: Fulano de Tal e Terceiros DECISÃO Trata-se de AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE C/C PEDIDO LIMINAR proposta por HISPAMIX BRASIL INVESTIMENTOS LTDA contra FULANO DE TAL e TERCEIROS, aquele, devidamente qualificado nos autos. Em síntese, afirma a autora que é proprietária de dois imóveis situados na Avenida General Artur Carvalho, Miritiua, neste Município de São José de Ribamar. Sustenta, outrossim, que se encontra na posse regular do referidos imóveis desde o ano de 2009, ano em que procedeu ao registro imobiliário dos mesmos na serventia competente. Pontua, em continuação, que no dia 31/07/2015 um grupo de pessoas desconhecidas tentou invadir os indicados imóveis após derrubarem uma cerca que os delimitava, não logrando êxito, no entanto, devido à pronta reação dos vigias que mantinha na área. Em decorrência disso, e pelo fato de perseverar a ameaça de invasão, pleiteia a autora a concessão de medida liminar de manutenção de posse, e no mérito, a procedência da ação. Colacionou aos autos o instrumento de procuração (fl. 18) e os documentos de fls. 09 a 47. É o relatório. Fundamento e Decido Da análise detida do material fático probatório coligido nos autos, vejo que o deferimento do pedido liminar é medida que se impõe. Fundamento. A matéria ora em questão é disciplinada pelos artigos 926 até 931, do Código de Processo Civil. O art. 927, p. ex., dispõe, nestes termos: Art. 927. Incumbe ao autor provar: I - a sua posse; II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; III - a data da turbação ou do esbulho; IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda da posse, na ação de reintegração. A primeira parte do art. 928 do mesmo diploma legal, por seu turno, preceitua, nestes termos: "Art. 928. Estado a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição de mandado liminar de manutenção ou de reintegração...". Pelo que se comprova nos autos, o autor, de fato, e desde o ano de 2009, detém a posse dos imóveis ora questão. Nesse sentido, veja-se o teor dos documentos de fls. 31 a 36 e 40 a 46, dos autos. Também se encontra devidamente evidenciado nos autos que a partir do dia 31/07/2015 a indicada posse passou a ser turbada por grupo de pessoas ainda não identificadas, que, de modo violento (derrubada de cerca, corte de árvores e ameaça aos vigias contratados), tenta ocupar a área em comento, fato, inclusive, noticiado pelos órgãos de comunicação social desta região metropolitana. É de realçar-se, em acréscimo, que na área ora em discussão, e por liberalidade do autor, funciona o centro de treinamento de uma agremiação futebolística deste Estado, o que reforça a convicção de que havia, e há, exercício efetivo e regular de posse dos imóveis por parte do autor da ação. Em razão dessas considerações e fundamentos, ou seja, por se encontrarem devidamente preenchidos os requisitos de regência, DEFIRO LIMINARMENTE a MANUTENÇÃO DA POSSE dos imóveis descritos na inicial e documentos de fls. 31 a 36, dos autos, em favor do autor da ação. A propósito, arbitro multa no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para o caso de nova turbação da posse. Na hipótese de haver resistência ao regular cumprimento desta decisão, DEFIRO o uso da força pública. Expeça-se, portanto, o competente MANDADO DE MANUTENÇÃO DE POSSE. Em prosseguimento, citem-se e intimem-se os réus para, no prazo de 15 (quinze) dias, e sob as consequências previstas em lei, se cientificarem da presente ação e, se o desejarem, apresentar resposta escrita à presente ação. Outrossim, observo que nas ações possessórias o valor da causa deve corresponder ao benefício patrimonial pretendido pelo autor, o que, no caso específico dos autos, não fora observado. Em razão disso, determino a intimação da autora, por intermédio de seu procurador constituído, para, no prazo de 10 (dez) dias, proceder à correção do valor atribuído à causa, adequando-o à orientação acima referida, e, no prazo de 30 (trinta) dias, recolher as custas processuais que o caso exige, sob pena de revogação da presente decisão e cancelamento da distribuição. Citem-se e Intimem-se. Cumpra-se. São José de Ribamar/MA, 06 de agosto de 2015. Márcio José do Carmo Matos Costa Juiz de Direito titular da 3ª Vara Cível de São José de Ribamar/MA, respondendo pela 2ª Vara Cível, nos termos da portaria CGJ nº. 3115/2015 Resp: 159491</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Enviado do meu smartphone Sony Xperia™<br />
---- Luis Antonio Pedrosa escreveu ----<br />
<div>
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-51011728416868038082015-06-25T07:15:00.001-03:002015-06-25T07:15:42.092-03:00Brazilian indigenous woman claim solidarity of indigenous relatives in the world<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNzjzUXSLenXBOCqIVe2CWvmojXP2XFxHw7nZrved402GjosWW_wMOZjrSMey3PMeOx-IvMDaPXVOM-adZzHe86jyl6eCHnr3v7D8YwUJ-k5sJJ1xWrEkuVnp1vwMRV92Z6M0eND6yLgI/s1600/10269459_1442767102698789_2452344845755046458_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNzjzUXSLenXBOCqIVe2CWvmojXP2XFxHw7nZrved402GjosWW_wMOZjrSMey3PMeOx-IvMDaPXVOM-adZzHe86jyl6eCHnr3v7D8YwUJ-k5sJJ1xWrEkuVnp1vwMRV92Z6M0eND6yLgI/s320/10269459_1442767102698789_2452344845755046458_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Brazilian indigenous woman claim solidarity of indigenous relatives in the world<br />
<br />
Dear indigenous relatives in the world,<br />
<br />
The last years we have suffered the worsening of the abuses of indigenous rights in Brazil: in this land still struggle against the colonization process they call "progress" and "civilization".<br />
<br />
Our territories are attacked systematically relying on the government's omission:<br />
<br />
They delegitimize our right to our ancestral lands, sanctuaries where we were born and where our ancestors are buried, moving and leaving us on the roads.<br />
<br />
Farmers promote shootings in our villages and camps, the main strategy assassinate our chiefs and spiritual leaders - shamans.<br />
<br />
They use their power to manipulate the police and hire professional killers to make surprise attacks.<br />
<br />
They poison our water with heavy metals and pesticides, use chemical and biological weapons to kill us slowly from disease and hunger.<br />
<br />
This violence is not just from the large landowners but also by the government that in it's rush to build a unprecedented amount of hydroelectric plants in the Amazon, or expand agribusiness in our country, has omitted it's commitment to ensure our constitutional rights.<br />
<br />
Currently in the National Congress they are trying to approve a constitutional amendment that would deliver the power of demarcation of our lands to the owners of the Brazilian agribusiness allies of large multinationals.<br />
<br />
One of the regions with the greatest violence is in the state of Mato Grosso do Sul, region of cattle ranchers and soybean farmers: since 2002 they murdered more than 300 leaders from the Guarani and Kaiowá nations, this Wednesday killed a child in a shootout and during this week there was not a single day without a person being murdered.<br />
<br />
That is the reality of many people in Brazil as the Terena, Munduruku, Pataxó Hãhãhãe, Kaingang, Guarani, Awa Guajá and other indigenous in every corner of Brazil.<br />
<br />
We are desperately seeking to report on all international spaces, we ask for your help and cooperation to draw attention to the world.<br />
<br />
This violence must stop.<br />
<br />
<a href="https://www.facebook.com/daiaratukano/photos/a.1415017865473713.1073741828.1413009202341246/1442767102698789/?type=1&__mref=message_bubble" target="_blank">Daiara Tukano</a><br />
<div>
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-87402820728545699992014-12-02T13:11:00.003-02:002014-12-02T20:45:32.188-02:00BOMBAS contra os povos indígenas e quilombolas. Precisamos agir com urgência!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK1cxINnkYJ5PCwvsaVVDL_uuyUIXWFV6lMtgKfHINRh0PNqHJ2SHJJKcCADibYgUe0_bQyBanq449jsYnSa-gI3DnKL3foP_veB5ceKlXMglj59jy-3slUTSmMXEJHRdWDUt6P1NIm6s/s1600/eduardo-cardozo-demarcacao-de-terras-indigenas.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK1cxINnkYJ5PCwvsaVVDL_uuyUIXWFV6lMtgKfHINRh0PNqHJ2SHJJKcCADibYgUe0_bQyBanq449jsYnSa-gI3DnKL3foP_veB5ceKlXMglj59jy-3slUTSmMXEJHRdWDUt6P1NIm6s/s320/eduardo-cardozo-demarcacao-de-terras-indigenas.gif" /></a></div>
<br />
BOMBAS contra os povos indígenas e quilombolas. Precisamos agir com urgência!!!
<br /><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PARTICIPE - TUITAÇO AMANHÃ (03/12) das 10h30 às 11h30 #PEC215Nao</span></i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É importante colaborar postando suas próprias frases com a tag #PEC215Nao, além de retuitar outras pessoas.</span></i></b></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Rebeca Campos Ferreira, perita em Antropologia, informa sobre a votação, e simultânea, de legislação extremamente ameaçadora para os povos indígenas: a PEC 215 (PIORADA) e a possibilidade de mineração em terras indígenas. Quanto aos quilombolas, ainda a ADI 3239. Eis o comunicado:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Prezados parentes de lutas e companheiros da causa indígena!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Recebi uma bomba e estou repassando: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrevo-lhes sobre um assunto de extrema importância e urgência. Está agendada para a próxima semana, no dia 03/12/2014 (quarta-feira), às 14h30, a reunião (convocação anexa) da Comissão Especial da Câmara dos Deputados sobre a PEC 215-A.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A novidade foi a apresentação, ontem, de um novo relatório da PEC 215-A (anexo), cujo texto está muito pior do que o original. Como podem ver, foram incluídos diversos elementos das decisões do STF sobre os casos da TI Raposa Serra do Sol, TI Guyraroká e TI Porquinhos, além de outras aberrações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na mesma data, dia 03/12/2014, e quase no mesmo horário, às 14h, está marcada a reunião (convocação anexa) da Comissão Mista de Regulamentação da Constituição Federal, com a previsão de apreciação do relatório do Senador Romero Jucá sobre o Projeto de Lei Complementar s/n.º para a regulamentação do art. 231, § 6.º (anexo).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como sabem, ambas as proposições legislativas constituem ameaças gravíssimas aos direitos indígenas e precisamos nos articular para que as votações não ocorram. <b>Sugiro que contatem as redes de contatos de vocês para que possamos ter mais força para barrar as votações</b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um aspecto muito importante do contexto político no qual estão inseridas essas reuniões é que as proposições legislativas que não estejam aprovadas em Comissão são arquivadas ao final da legislatura. Já aquelas aprovadas em Comissão seguem com a tramitação normal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
AINDA na mesma data, entrou na pauta do STF a ADI 3239, em face do decreto 4887, que regulamenta os procedimentos para reconhecimento e titulação das comunidades quilombolas. A ADI 3239 se refere às questões suscitadas na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº. 3239, proposta ao Supremo Tribunal Federal pelo DEM, na qual houve impugnação à validade do Decreto nº 4.887/03, que regulamentou “o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes dos quilombos de que trata o art. 68 do ato das Disposições Constitucionais Transitórias. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Advogado-Geral da União, Procurador-Geral da República e o Procurador Regional da República da 2ª Região já se manifestaram no feito, ambos pugnando pela improcedência do pedido. O primeiro julgamento aconteceu em 18 de abril de 2012, sendo suspenso após o voto do relator, Ministro Cezar Peluso, este que votou pela inconstitucionalidade do decreto. Será retomado no próximo 03 de dezembro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Novamente, é hora de juntarmos nossos maiores esforços para conter o avanço das ameaças aos direitos das minorias étnicas no Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Att.<br />
<br />
Rebeca Campos Ferreira<br />
<br />
Doutoranda em Antropologia Social, Universidade de São Paulo - USP<br />
Perita em Antropologia, Ministério Público Federal - MPF / RO<br />
rebecaferreira@mpf.mp.br<br />
skype: rebeca.campos.ferreira<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-42852462773448496692014-06-24T18:26:00.001-03:002014-06-24T18:26:55.727-03:00#FreeTenharim: Ativistas ocupam saguão do Tribunal por liberdade para os índios Tenharim<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZPw0nu_jlh3CsZQWuLvan0whrKAo8CQNkh0VoID_21OSMSjJkJwTa0Xf5iP94usRMECY3TWQA6Dj_Im36ZwdOf7Q3j3QnMmy6xA84vmgDC2PqGTECps2ZEGOvO3agwKpDBfx9AbleVXc/s1600/Chega+junto!!!!+Manifesta%C3%A7%C3%A3o+em+apoio+ao+Povo...+-+Ina%C3%AA+Level+Macuxi.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZPw0nu_jlh3CsZQWuLvan0whrKAo8CQNkh0VoID_21OSMSjJkJwTa0Xf5iP94usRMECY3TWQA6Dj_Im36ZwdOf7Q3j3QnMmy6xA84vmgDC2PqGTECps2ZEGOvO3agwKpDBfx9AbleVXc/s1600/Chega+junto!!!!+Manifesta%C3%A7%C3%A3o+em+apoio+ao+Povo...+-+Ina%C3%AA+Level+Macuxi.png" height="319" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />#FreeTenharim: Ativistas ocupam saguão do Tribunal por liberdade para os índios Tenharim - Trinta manifestantes acamparam por 12 horas no saguão do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), tendo deixado o local na manhã desta segunda-feira (23), após protocolarem um documento que pede a liberdade dos cinco indígenas Tenharim que estão presos em Porto Velho. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estudantes da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), o indígena José Humberto Tenharim e ativistas das seguintes ONGs fizeram parte do grupo de manifestantes: Instituto Madeira Vivo, Instituto Índia Amazônia, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Rede de Educação Cidadã, Conselho Indigenista Missionário, Coletivo Jovem pela Sustentabilidade, e Via Campesina. </div>
<br />
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Iremar Antonio Ferreira, membro da ONG Instituto Madeira Vivo, de Porto Velho, e um dos organizadores da manifestação destacou ao G1 [<a href="http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2014/06/ativistas-pedem-liberdade-de-indios-tenharim-suspeitos-de-mortes-no-am.html"><span style="color: red;">matéria publicada em 23/06/2014</span></a>] que: “Não há provas que confirmem a culpa dos índios, e o habeas corpus é um direito constitucional. Um deles tem sérios problemas de saúde, por conta de um acidente vascular cerebral sofrido pouco tempo antes da prisão. A justiça pediu comprovação via laudo médico, mas não há como comprovar porque a Casa de Saúde Indígena, em Humaitá, foi incendiada”. Sobre o incêndio da Casa de Saúde Indígena, leia <a href="http://seind.homologacao.am.gov.br/secretario-especial-de-saude-indigena-se-reune-com-liderancas-indigenas-de-humaita-am/"><span style="color: red;">aqui</span></a>.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
José Humberto Tenharim falou ao G1 da indignação pela prisão do cacique Domiceno Tenharim: “Ele é nosso líder maior. Nossos rituais estão comprometidos. O Mbotawa, que é a Festa dos Espíritos, deveria acontecer em julho, mas já não sabemos mais... Todo o povo Tenharim está sofrendo com isso, interfere no nosso modo tradicional de viver”. Sobre o ritual Mbotawa e sua importância para o povo Tenharim, leia <a href="http://seer.fclar.unesp.br/perspectivas/article/view/36/29"><span style="color: red;">aqui</span></a>. Quanto à preocupação dos indígenas quanto à não realização desse ritual, leia <span style="color: red;"><a href="http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=7594&action=read"><span style="color: red;">aqui</span></a>,</span> e <a href="http://www.cicaf.org.br/phocadownload/Artigos/apelo%20tenharim.pdf"><span style="color: red;">aqui</span></a> como se sentem os indígenas presos.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvDkHnQHzmquKQZNL6l5Bj0_JPUxxo8gTrkIBPLPbnGq-dSXMbIwjCASrAPG1isrSL-pLnwunveP1ZDd1p53JZz6LT5X47uLjnQ4joxZSOTQnBR2v-iPFKwDLg2nx-pqSEmVNUPmxYoww/s1600/10421607_662554227162243_2020887459926814289_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvDkHnQHzmquKQZNL6l5Bj0_JPUxxo8gTrkIBPLPbnGq-dSXMbIwjCASrAPG1isrSL-pLnwunveP1ZDd1p53JZz6LT5X47uLjnQ4joxZSOTQnBR2v-iPFKwDLg2nx-pqSEmVNUPmxYoww/s1600/10421607_662554227162243_2020887459926814289_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"> </a></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Fotos da ocupação do saguão do TJ-RO</b></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi02aKNCTG80WTbUzC4F_m_p1RWvKjoUwzOiL8AmlRgqiHDBm4p6HtCRNpuy_GLClQzkWdi-JIIeXCuAU3SEVkQqoCF4W1c8fhrQLNufoOuGxnknkdhGJhLwab-Ie7NStb2aDyne01vc4o/s1600/10382630_662561620494837_1881561078863083906_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi02aKNCTG80WTbUzC4F_m_p1RWvKjoUwzOiL8AmlRgqiHDBm4p6HtCRNpuy_GLClQzkWdi-JIIeXCuAU3SEVkQqoCF4W1c8fhrQLNufoOuGxnknkdhGJhLwab-Ie7NStb2aDyne01vc4o/s1600/10382630_662561620494837_1881561078863083906_n.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Confeccionando cartazes</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibGdf8nFZU9_rJLqVgfyOxg3tKiXGtAsuj2OOqp2tNdo2QtLNojK0Zsr5XJA6-hXhv1_BRDpWWfY3GjUBeAJ2KEyA5vzHfHeU7b-62XT-jO8720uBoUZIrD4AC1RkzThl09H3Cg9Q5GMs/s1600/10421607_662554227162243_2020887459926814289_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibGdf8nFZU9_rJLqVgfyOxg3tKiXGtAsuj2OOqp2tNdo2QtLNojK0Zsr5XJA6-hXhv1_BRDpWWfY3GjUBeAJ2KEyA5vzHfHeU7b-62XT-jO8720uBoUZIrD4AC1RkzThl09H3Cg9Q5GMs/s1600/10421607_662554227162243_2020887459926814289_n.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Afixando cartazes</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS-rakLn0KQoEd2iLR65TIaX-BXwpc8jSJ7pm9tWPHGGuZZMboeoQzdyzRKVma6T8UbWw5MXpsjErSF2t3IuZIAqeYq91rB_4Ce1Ma41kpB2WNh0Xp9bQ-jKjIgQcW0sdaGxlerM_TW1g/s1600/10359903_662554313828901_2425664149319864986_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS-rakLn0KQoEd2iLR65TIaX-BXwpc8jSJ7pm9tWPHGGuZZMboeoQzdyzRKVma6T8UbWw5MXpsjErSF2t3IuZIAqeYq91rB_4Ce1Ma41kpB2WNh0Xp9bQ-jKjIgQcW0sdaGxlerM_TW1g/s1600/10359903_662554313828901_2425664149319864986_n.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartazes afixados na noite de 22 de junho</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUPoHVA8_p4fTM5w8FFWDV_eeWww501W4oJU1z3LhGwhjzhXOkzjsrw_3GaeBcuE3PdE12qY8cVfcxk5O68UOPysAR4cpLG5rcdMVRnJbaC6q7wpkfHdvLhsvowYmWJhclE3DcqXVzvqc/s1600/10405284_662554470495552_4058065217918237038_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUPoHVA8_p4fTM5w8FFWDV_eeWww501W4oJU1z3LhGwhjzhXOkzjsrw_3GaeBcuE3PdE12qY8cVfcxk5O68UOPysAR4cpLG5rcdMVRnJbaC6q7wpkfHdvLhsvowYmWJhclE3DcqXVzvqc/s1600/10405284_662554470495552_4058065217918237038_n.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartazes afixados no piso do TJ-RO</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Aj0WDvKbSkDX2B-2I7w-z-hhvpYr-hhIL626wR9_LyVOnhIsyWlkMmHqhKcEM9D37lX0geUilLmiGGYOSV7oX_PgFr2iSxokPQ3Q5gkQfleQowx_XBbLpPdkOvKGc2gnmGc6xbtNk90/s1600/10492026_662554517162214_4342387451964357161_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Aj0WDvKbSkDX2B-2I7w-z-hhvpYr-hhIL626wR9_LyVOnhIsyWlkMmHqhKcEM9D37lX0geUilLmiGGYOSV7oX_PgFr2iSxokPQ3Q5gkQfleQowx_XBbLpPdkOvKGc2gnmGc6xbtNk90/s1600/10492026_662554517162214_4342387451964357161_n.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartazes afixados durante a noite de 22 de junho</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEims9tznYIkDd4fiXZrKLTELcbdFe9dAVKsNgJg-KzFEKmhW87zZDuZmC92OQeVs4d-n91PFS7M_ZVprFvtoKZxwepmgwhDosbSqH8mVVlk01UDFepoY0owB3JG9wyTVNKJpMLkmdmvmFc/s1600/10430381_600575966707778_1981978815464822782_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEims9tznYIkDd4fiXZrKLTELcbdFe9dAVKsNgJg-KzFEKmhW87zZDuZmC92OQeVs4d-n91PFS7M_ZVprFvtoKZxwepmgwhDosbSqH8mVVlk01UDFepoY0owB3JG9wyTVNKJpMLkmdmvmFc/s1600/10430381_600575966707778_1981978815464822782_n.jpg" height="320" width="240" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigQlAEM3sRB7LO8EagBSkzoN8mo9Z26VzwL9n4KotCSinW7FzwCRkhgO6MWJmafrtD113c_Fq2VOQTCRSp7dV3x0HU-cpiClVkwnA6XI-ZPMZ_tMzPjLWDc84wLQDLkt-ntqHQ8qxJF4A/s1600/10275984_600576066707768_8936259177356479732_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigQlAEM3sRB7LO8EagBSkzoN8mo9Z26VzwL9n4KotCSinW7FzwCRkhgO6MWJmafrtD113c_Fq2VOQTCRSp7dV3x0HU-cpiClVkwnA6XI-ZPMZ_tMzPjLWDc84wLQDLkt-ntqHQ8qxJF4A/s1600/10275984_600576066707768_8936259177356479732_n.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O povo Tenharim é contra a construção de hidrelétrica</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaUnZqe7K9tol8AOs1PNlJ7UGN_DoY5cGiSDwEVwe3NA-Apgl9-KI_IeYafRbU3AnWYFBDRpt6rxWz0I14_3s2Vxkt5h_LcN2ByWUoBgIK2IOaJFpepowiLWd3mfORdI4YlPVb4dYF7PY/s1600/10489621_600575890041119_511254748956349078_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaUnZqe7K9tol8AOs1PNlJ7UGN_DoY5cGiSDwEVwe3NA-Apgl9-KI_IeYafRbU3AnWYFBDRpt6rxWz0I14_3s2Vxkt5h_LcN2ByWUoBgIK2IOaJFpepowiLWd3mfORdI4YlPVb4dYF7PY/s1600/10489621_600575890041119_511254748956349078_n.jpg" height="320" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Acampamento durante a noite</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFcjWn4tkuqDDL8UpKGZlTIe1XZVg7zHi69NHBmPVIdu6P8WqAjY5Hbk1y8cJYOV-b1b0oLuOQTzcqWnYVHm8TFHAV9MAgbq9TeSydz1K3jUXqcIn9xgHPZQBKFFXGQL0QuLkp5PVlUSs/s1600/10382469_600575646707810_3538802802281432014_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFcjWn4tkuqDDL8UpKGZlTIe1XZVg7zHi69NHBmPVIdu6P8WqAjY5Hbk1y8cJYOV-b1b0oLuOQTzcqWnYVHm8TFHAV9MAgbq9TeSydz1K3jUXqcIn9xgHPZQBKFFXGQL0QuLkp5PVlUSs/s1600/10382469_600575646707810_3538802802281432014_n.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Acampamento no TJ-RO</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLpvddrLpxh8AMcSEE3XR6dpzC6YxXUqbZu5IKz-veZLkFQgYgliEKXjZ9hW74ZLbGtbJP4EghRgXaoQLU31OG16IkqSGWtSDB0_B6fYpMy9MC8jb_jDdHptjUz0GtJMftHiDAImiFCQc/s1600/10356308_661972400553759_4510611737194784551_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLpvddrLpxh8AMcSEE3XR6dpzC6YxXUqbZu5IKz-veZLkFQgYgliEKXjZ9hW74ZLbGtbJP4EghRgXaoQLU31OG16IkqSGWtSDB0_B6fYpMy9MC8jb_jDdHptjUz0GtJMftHiDAImiFCQc/s1600/10356308_661972400553759_4510611737194784551_n.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Manhã de 23 de junho</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib40vyAwLSFeQHgbymUBk6zrr9WA-yGoGs88-9CtJqggaGYA3K3UolsT4vo0x1dZXqqI-RFCCCNU3EhBAxlrF57ljFkJ3mDPftypgzrsbT-q48HYUnsraOBZ2LgRP7R1fq4hzPeZXC23Y/s1600/10441212_661972350553764_976073996903731541_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib40vyAwLSFeQHgbymUBk6zrr9WA-yGoGs88-9CtJqggaGYA3K3UolsT4vo0x1dZXqqI-RFCCCNU3EhBAxlrF57ljFkJ3mDPftypgzrsbT-q48HYUnsraOBZ2LgRP7R1fq4hzPeZXC23Y/s1600/10441212_661972350553764_976073996903731541_n.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Preparando para a entrega da declaração ao TJ-RO</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX8fdndv9noHHVsOu5BkcIgnrRBW91rSsIp0-8x1DHpGObk2mFw6a159Bf9MO2MNGQ7kOR8fYyAS9VNpKZ7madRVlIA03MoLRoBQsKN_V4Nd2laQwgDCHk5K0kIQxzNpnWMUhdesJA-Y4/s1600/10392475_600575086707866_905531538430841400_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX8fdndv9noHHVsOu5BkcIgnrRBW91rSsIp0-8x1DHpGObk2mFw6a159Bf9MO2MNGQ7kOR8fYyAS9VNpKZ7madRVlIA03MoLRoBQsKN_V4Nd2laQwgDCHk5K0kIQxzNpnWMUhdesJA-Y4/s1600/10392475_600575086707866_905531538430841400_n.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Entrega da declaração dos manifestantes ao TJ-RO</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br /><div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-17314567808958356402014-06-06T04:41:00.000-03:002014-06-06T04:41:10.084-03:00The soul and body of Tenharim people in jail - #FreeTenharim<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisaRqGgF2D6OcvIHeIZBtsTvqDFTYB0zhc-7JJSEUt87DLfM6N-dOJYdtZix_okG-sgKN6GXXkSNgHBHcDXrFCPkkNjubM3MLnhM9pwHXNFn_Nkyla5zkCa6-oyVG7TiDnaYs57T_jJKU/s1600/1395298_253332254859093_2608928304985968571_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisaRqGgF2D6OcvIHeIZBtsTvqDFTYB0zhc-7JJSEUt87DLfM6N-dOJYdtZix_okG-sgKN6GXXkSNgHBHcDXrFCPkkNjubM3MLnhM9pwHXNFn_Nkyla5zkCa6-oyVG7TiDnaYs57T_jJKU/s1600/1395298_253332254859093_2608928304985968571_n.jpg" height="265" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tenharim ritual. Photo Funai Humaitá</td></tr>
</tbody></table>
<b>The soul and body of Tenharim people in jail</b> - <b><a href="https://twitter.com/search?src=typd&q=%23FreeTenharim">#FreeTenharim</a></b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>We're not allowed to have headdress nor practice our rituals. We can't either dance, paint, or anything related to our culture, our things. This is to our body too. Our body and our spirit suffer, we're worried a lot to our people there, in jail</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>We are not treated as human beings here. But we are also Brazilian. We're weakened, we're hurt</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>We didn't know what was going on. We can't stay here, knowing nothing, and our people can't stay without our rituals and ceremonies. It is a massacre of our spirits. And we have to do the funeral ceremony to our Chief. Without our festivities, everything gets unstructured. Our cerimonies must be done now, in July. If we can’t make them happen, the whole people, we're were all going to be unprotected. All the people will be spiritually unprotected, and then bad things will come, the rituals cannot be stopped, because they're done since the beginning of our people, and it never happened before that we couldn't do the cerimonies. Our people, our culture, everything gets disoriented, confused because we're here and our people is there, in prison. The whole community loses</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Here is the complete report of Tenharim people who had their freedom taken in Porto Velho, to Rebeca Campos Ferreira, a Federal Prosecutor, expert in Anthropology, on May 22, 2014:</div>
http://www.cicaf.org.br/phocadownload/Artigos/apelo%20tenharim.pdf<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Academic article about a ritual that happens every year among the Tenharim people from Marmelos river - "Ritual and quotidian life in southern Amazon: the Tenharim of Marmelos river", by Edmundo Antonio Peggion:</div>
http://seer.fclar.unesp.br/perspectivas/article/view/36/29<br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvfM1jB9shYi_OaD5x0HEfnSxjgLSj7KV28X36wyAFm38j65OVaZtZZ-qDQ6cILEx34N7eZbseQ_7-5XBcGmlWWXTgOScpakVWbl4ugYiFROEeLedi_18SKvGVTwVhj_8y7T-1GOHU-sw/s1600/2++Justi%C3%A7a+aos+Tenharim+(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvfM1jB9shYi_OaD5x0HEfnSxjgLSj7KV28X36wyAFm38j65OVaZtZZ-qDQ6cILEx34N7eZbseQ_7-5XBcGmlWWXTgOScpakVWbl4ugYiFROEeLedi_18SKvGVTwVhj_8y7T-1GOHU-sw/s1600/2++Justi%C3%A7a+aos+Tenharim+(1).png" height="175" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><a href="https://www.facebook.com/FreeTenharim?fref=ts">Justice to Tenharim on Facebook</a><br /></b></div>
<br /><div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-63598488250441419992014-05-12T16:37:00.003-03:002014-05-12T16:40:25.793-03:00Carta aberta pela demarcação das terras indígenas no Brasil<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOT4RNdciyv3XhRZvZqYWgtExjc8QFOD0Y4grPCwpwYFRy05Qz9pFlT7ZHMwkMREIygTmZONEtX1T1Kbgn4-YThDOM5OKt2n7GTZuxOEHCqCsbX1NibC_tJZovxJXQ07sVXc3Z3m1tjdY/s1600/Ritual+e+xamanismo+++Kaingang.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOT4RNdciyv3XhRZvZqYWgtExjc8QFOD0Y4grPCwpwYFRy05Qz9pFlT7ZHMwkMREIygTmZONEtX1T1Kbgn4-YThDOM5OKt2n7GTZuxOEHCqCsbX1NibC_tJZovxJXQ07sVXc3Z3m1tjdY/s1600/Ritual+e+xamanismo+++Kaingang.png" height="280" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Carimbo de taquara Kaingang - Foto: Vladimir Kozak, 1955<br />
Fonte: <a href="http://www.socioambiental.org/">ISA- Instituto Socioambiental</a></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<b>CARTA ABERTA PELA DEMARCAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS NO BRASIL</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Nós, lideranças tradicionais do Povo Kaingáng, líderes, profissionais, jovens, mulheres, anciãos dos 305 Povos Indígenas, que falam 274 línguas e totalizam 0,4% da população nacional, com o apoio das organizações indígenas e pro indígenas, dos cidadãos brasileiros de todas as raças, movimentos sociais e da sociedade civil organizada denunciamos o Estado Brasileiro, seus Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário pelos 514 anos de omissão em favor do extermínio dos Povos Indígenas, da expropriação das nossas terras, da violação dos nossos direitos como seres humanos! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Rio Grande do Sul abriga dois dos grandes Povos Indígenas do país em população o que o torna o 10º Estado da Federação em população indígena no país: o Povo Guarani e o Povo Kaingáng são, respectivamente, o 2º e o 3º maior Povo Indígena do Brasil em população (Censo do IBGE, 2010). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os Kaingáng são cerca de 45 mil pessoas cuja maior parte habita o Estado do Rio Grande do Sul e possui as menores terras indígenas do país, confinados em reduções dos antigos territórios tradicionais que equivalem hoje a menos de 1% do território gaúcho, criando conflitos em que defendemos nosso direito à terra à custa de muitas vidas cujas perdas não são divulgadas pelos meios de comunicação e da criminalização individualizada de lideranças que defendem direitos coletivos constitucionalmente garantidos e diariamente desrespeitados. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A insuficiência dos nossos territórios tem ameaçado a sobrevivência física e cultural do Povo Kaingáng, cuja língua se encontra em risco de extinção, segundo o Atlas da UNESCO sobre Línguas do Mundo em Perigo e os índices de desenvolvimento humano que colocam os Povos Indígenas como segmentos em situação de risco social e mostram a omissão do Estado Brasileiro em proteger a integridade dos Povos Indígenas como Povos distintos, nos termos do artigo 8º da Declaração da ONU sobre os direitos dos Povos Indígenas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lutamos no Brasil e fora dele para que fosse reconhecido nosso direito originário a terra: um direito anterior à existência do Estado Brasileiro, que custou a vida de centenas e de milhares de indígenas e tivemos êxito: a Lei Maior do Brasil e a Convenção 169 da OIT consagram o nosso direito aos territórios indígenas. Um prazo de cinco anos foi estabelecido em 1988 e o ano de 1993 passou sem a regularização das terras indígenas no Brasil. 21 anos se passaram desde então e lutamos agora para não perder os direitos que nos foram reconhecidos: denunciamos o retrocesso legal que está em marcha no Congresso Nacional para eliminar direitos territoriais e assegurar os interesses do latifúndio e do agronegócio. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ressaltamos que o Governo atual possui os menores índices de demarcação das terras indígenas desde a ditadura militar e que o Poder Judiciário, o Poder Legislativo e o Poder Executivo Brasileiros têm violado o princípio da legalidade que obriga o Estado a respeitar e implementar o direito de consulta aos Povos Indígenas suscetíveis de serem afetados previamente a adoção de medidas jurídicas, políticas ou administrativas, mediante procedimentos apropriados, através de suas instituições representativas e de boa-fé, conforme determina a Convenção 169 da OIT. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Expressamos nossa preocupação com iniciativas de cerceamento dos direitos territoriais dos nossos Povos, financiados pelo agronegócio, a exemplo da Proposta de Emenda Constitucional 215, que propõe atribuir ao Poder Legislativo atividades que são prerrogativas do Poder Executivo, da Portaria 303 da Advocacia Geral da União e de todas as iniciativas legais e administrativas tendentes a diminuir ou suprimir direitos territoriais dos Povos Indígenas contrariando o espírito da Constituição Federal, o Estatuto dos Povos Indígenas (Lei 6.001 de 1973) em seu artigo 2º, IX e o Decreto 1.775 de 1996 e em violação ao artigo 26 da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Artigo 26 – 1. Os povos indígenas têm direito às terras, territórios e recursos que possuem e ocupam tradicionalmente ou que tenham de outra forma utilizado ou adquirido. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2. Os povos indígenas têm o direito de possuir, utilizar, desenvolver e controlar as terras, territórios e recursos que possuem em razão da propriedade tradicional ou de outra forma tradicional de ocupação ou de utilização, assim como aqueles que de outra forma tenham adquirido. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
3. <b>Os Estados assegurarão reconhecimento e proteção jurídicos a essas terras, territórios e recursos. Tal reconhecimento respeitará adequadamente os costumes, as tradições e os regimes de posse da terra dos povos indígenas a que se refiram.</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Denunciamos o Governo Brasileiro por cada confronto, por todas as mortes que já ocorreram e que ainda ocorrerão pela disputa de terras imemoriais, demarcadas pelo sangue dos nossos povos! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Exigimos o cumprimento e a imediata aplicação dos direitos humanos previstos em marcos legais nacionais e internacionais na condução da política para Povos Indígenas no Brasil. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Exigimos que o Governo Brasileiro promova, com urgência, em consulta e com a participação plena e efetiva dos Povos Indígenas, um Plano de Regularização das Terras Indígenas no Brasil, com a participação proativa do Ministério Público Federal, para assegurar o cumprimento à Constituição Federal de 1988 que reconhece o direito originário dos Povos Indígenas aos nossos territórios tradicionais e em conformidade com a Convenção 169 da OIT. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em face da ausência do Estado Brasileiro para estabelecer diálogos solicitamos à Organização das Nações Unidas uma visita do Relator Especial da ONU para os Direitos dos Povos Indígenas ao Brasil, com especial atenção às Regiões Sul e Centro Oeste do Brasil, em caráter de urgência e a apresentação de um relatório sobre os conflitos em virtude da violação de direitos humanos pela demora nos processos de demarcação dos territórios indígenas à próxima sessão do Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas, à Corte Interamericana de Direitos Humanos e à Anistia Internacional. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O documento final da Rio+20 tem por título “O Futuro que Queremos” e o parágrafo 49 menciona a importância da implementação da Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas para um desenvolvimento sustentável! O Brasil se propõe a ser uma das grandes economias do mundo: mas onde estão os povos indígenas nos projetos de futuro do Brasil? Que futuro teremos se as terras indígenas são a condição sem a qual não é possível nossa sobrevivência física e cultural? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nossos líderes, nossos povos e organizações já encaminharam documentos, já realizaram manifestações pacíficas, viajaram a Brasília em busca de soluções para os conflitos fundiários e receberam promessas vazias que não foram cumpridas! Nossas lideranças têm sido assassinadas sem que os meios de comunicação divulguem os homicídios que ocorrem diariamente contra os povos indígenas e sem que os responsáveis sejam punidos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, essa manifestação é um pedido de socorro, de urgente apuração das violações de direitos humanos e de adoção imediata de todas as providências cabíveis: judiciais e administrativas em prol da sobrevivência e do futuro dos nossos Povos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
“<b><i>Enquanto nós estivermos vivos, lutaremos pelas nossas terras!</i></b>” </div>
<div style="text-align: center;">
(Cacique Raoni Metuktire Kayapó). </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-30868414202317588722014-05-12T15:12:00.001-03:002014-05-12T15:16:04.434-03:00Open letter for the demarcation of the indigenous lands in Brazil<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibgbTuz7Ywr4TysYatg6Y1p01ZsrpFNgKKtghJIqJk3DTm6ljIzy37-aSUGcgvj9Q4mKJsp7YwVOvamoPSdQx5dejOhSK7WzXLnCkGoQiUudH7gdN3fizBXqxKopr5JfmOxbmj5NggUCE/s1600/Ritual+e+xamanismo+++Kaingang.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibgbTuz7Ywr4TysYatg6Y1p01ZsrpFNgKKtghJIqJk3DTm6ljIzy37-aSUGcgvj9Q4mKJsp7YwVOvamoPSdQx5dejOhSK7WzXLnCkGoQiUudH7gdN3fizBXqxKopr5JfmOxbmj5NggUCE/s1600/Ritual+e+xamanismo+++Kaingang.png" height="224" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Carimbo de taquara Kaingang - Photo: Vladimir Kozak, 1955. <br />
Source: <a href="http://www.socioambiental.org/">ISA - Instituto Socioambiental</a></td></tr>
</tbody></table>
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
<b><b>OPEN LETTER FOR THE DEMARCATION OF THE INDIGENOUS LANDS IN BRAZIL</b></b></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
We, the traditional leadership of the Kaingang people, leaders, professionals, youth, women, elders of the 305 Indigenous Peoples, who speak 274 languages and which make up 0,4% of the national population, with the support of indigenous organizations and pro-indigenous, of Brazilian citizens, of social movements and organized civil society denounce the Brazilian state, its executive, legislative and judicial powers for its 514 years of omission in favor of the annihilation of Indigenous Peoples, the expropriation of our lands, and the violation of our rights as human beings! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Rio Grande do Sul is home to two of the greatest Indigenous Peoples in the country, making up this province as the 10th in the country population-wise: the Guarani People and the Kaingang People are, respectively, the 2nd and the 3rd biggest populations of Indigenous Peoples in Brazil (IBGE Census, 2010).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
The Kaingang are about 45 thousand people, most of which live in Rio Grande do Sul province and own the smallest indigenous lands of the country, confined in reductions of ancient traditional lands that today correspond to more or less 1% of the province’s territory, creating conflicts in which we defend our land’s right at the cost of lives whose losses are not reported in the media and the individualized criminalization of leaders that defend our collective rights constitutionally guaranteed but disrespected in a daily basis. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
The insufficiency of our territories has endangered our physical and cultural survival as Kaingang Peoples, whose language is under risk of extinction, following the UNESCO’s Atlas of the World's languages in Danger of Disappearing and the human development index that put the indigenous peoples as the segments under situation of social risk and show the omission of the Brazilian state in protecting the integrity of the Indigenous Peoples as distinct peoples, in accordance with the article 8 of the UN Declaration on the Rights of Indigenous Peoples. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
We fight in Brazil and abroad to get recognized our original right to land: a right that precedes the existence of the Brazilian state, at the expense of hundreds and thousands of indigenous lives, and we were successful: the Brazilian Constitution and the ILO Convention 169 recognize our right to our indigenous lands. A deadline of 5 years was established in 1988 and the year 1993 passed without the regularization of the indigenous lands in Brazil. 21 years went by and since then we have been fighting not to lose our recognized rights: we denounce the legal back-tracking currently in place the national Congress to eliminate our territorial rights and to bolster the interest of the agribusiness. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
We emphasize that the current government has the smallest indicators of indigenous lands’ demarcation since the military dictatorship and that the Brazilian judiciary, legislative and executive powers have violated the legality principle that mandates the state to respect and implement the right to consultation of Indigenous Peoples likely to be affected by juridical, political or administrative measures, through appropriate procedures and respecting representative institutions, under good will, in accordance with the ILO Convention 169. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
We express our concern with initiatives to restrict our lands’ rights, financed by the agribusiness, as per the proposal to constitutional amendment 215, which proposes the attribution to the legislative power activities that are prerogatives of the executive power, in the directive n. 303 of the Federal Attorney General's Office and all the legal and administrative initiatives biased towards diminishing or suppressing the territorial rights of indigenous peoples, in opposition to the spirit of the Federal constitution, the Indigenous Peoples Law (n. 6.001 of 1973) in its article 2, IX and the Decree 1.775 of 1996 and in violation of the article 26 UN Declaration on the Rights of Indigenous Peoples: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1. Indigenous peoples have the right to the lands, territories and resources which they have traditionally owned, occupied or other- wise used or acquired. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2. Indigenous peoples have the right to own, use, develop and control the lands, territories and resources that they possess by rea- son of traditional ownership or other traditional occupation or use, as well as those which they have otherwise acquired. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
3.<b> States shall give legal recognition and protection to these lands, territories and resources. Such recognition shall be conducted with due respect to the customs, traditions and land tenure systems of the indigenous peoples concerned. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
We denounce the Brazilian government for each confrontation, for every death that has occurred and is likely to occur for the disputes over immemorial lands, demarcated by the blood of our peoples! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
We demand the compliance and the immediate implementation of our human rights previewed in national and international legal frameworks in conducting Indigenous Peoples related policies in Brazil. We demand that the Brazilian government promote, with urgency, in consultation and with the full and effective participation of indigenous peoples, a plan to regularize the indigenous lands in Brazil, with the proactive participation of the Public Federal Ministry, to ensure the compliance to the Federal Constitution of 1988, which recognizes the original right of Indigenous Peoples to our traditional lands and in accordance with the ILO Convention 169. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Due to the absence of the Brazilian state in establishing a dialogue, we request to the United Nations Organization a visit from the UN Special Rapporteur for the Rights of Indigenous Peoples to Brazil, with a special attention the South and Central West regions, as a matter of urgency and the presentation of a report about the conflicts following the violations of human rights due to the delays in land demarcation processes in indigenous lands to the next session of the UN Permanent Forum on Indigenous Issues, the Inter-American Court of Human Rights and the International Amnesty. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
The Rio+20 final document is entitled “The future we want” and its paragraph 49 mentions the importance of the implementation of the UN Declaration on the Rights of Indigenous Peoples for sustainable development! Brazil intends to be one of the greatest economies in the world: but where are the indigenous peoples in the projects for the future of Brazil? What kind of future will we have if the indigenous lands are the condition for our physical and cultural survival? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Our leaders, our people and organizations have submitted documents, have also conducted pacific manifestations, have traveled to Brasilia searching for solutions for these conflicts and have always received empty promises that were never fulfilled! Our leaders have been murdered and the medias do not even report these daily homicides against indigenous peoples, while the responsibles are not punished. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Thus, this manifestation is a cry for help, to the urgent inquiry to human rights violations and the immediate implementation of the appropriate measures: judicial and administrative in favor of the survival and the future of our Peoples. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
“<i><b>As long as we are alive, we will fight for our lands!</b></i>” </div>
<div style="text-align: center;">
(Chief Raoni Metuktire Kayapó). </div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-85499753975987814242014-04-28T19:15:00.001-03:002014-04-28T19:20:38.902-03:00Campanha Tupinambá defende #FreeBabau no Facebook<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv9-sTvMvh4PJYFQfwVd0kOYNqkhYbOAM-2AinGGhNkVnLpjR1CpOgVfnl8KCVFHlmcAEEAdeF6yUKb6EkiUHiA6gxySMEZrRDxO5b4dtkgTsSQw8ztl7wv_N43C1ODsKN_sGoxsvuIq0/s1600/4++Campanha+Tupinamb%C3%A1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv9-sTvMvh4PJYFQfwVd0kOYNqkhYbOAM-2AinGGhNkVnLpjR1CpOgVfnl8KCVFHlmcAEEAdeF6yUKb6EkiUHiA6gxySMEZrRDxO5b4dtkgTsSQw8ztl7wv_N43C1ODsKN_sGoxsvuIq0/s1600/4++Campanha+Tupinamb%C3%A1.png" height="145" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Campanha Tupinambá defende <b><a href="https://www.facebook.com/hashtag/freebabau?fref=ts" style="background-color: white;">#FreeBabau</a></b> no Facebook - Foi lançada, hoje, no Facebook, página da <b><a href="https://www.facebook.com/pages/Campanha-Tupinamb%C3%A1/1416390165293755?id=1416390165293755&sk=info">Campanha Tupinambá</a></b> para apoiar a luta indígena por suas terras e protestar pela liberdade de Rosivaldo Ferreira da Silva, o <b>Cacique Babau</b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na descrição dessa página, onde se pode encontrar vários links sobre a questão, consta a seguinte descrição: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Em apoio à luta do povo Tupinambá do sul da Bahia pela demarcação de suas terras ancestrais. Pela imediata libertação do Cacique Babau.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Conheça e curta a página da <b>Campanha Tupinambá </b>no Facebook, clicando <b><a href="https://www.facebook.com/pages/Campanha-Tupinamb%C3%A1/1416390165293755"><span style="background-color: white; color: red;">aqui</span></a></b>.<br />
<br />
No Twitter, além da hastag<span style="color: blue;"> <b><a href="https://twitter.com/search?src=typd&q=%23FreeBabau" style="background-color: white;">#FreeBabau</a></b></span> - com um número maior de tweets -, encontram-se ainda as hastags <b><a href="https://twitter.com/search?src=typd&q=%23Liberdadeprababau" style="background-color: white;">#LiberdadepraBabau</a></b> e <b><a href="https://twitter.com/search?q=%23Libertembabau&src=typd" style="background-color: white;">#LibertemBabau</a></b>. Nestes links encontram-se notícias, fotos e vídeos em defesa da liberdade de Babau. Já, pela hastag <b><a href="https://twitter.com/search?q=%23Demarca%C3%A7%C3%A3oJ%C3%A1&src=hash" style="background-color: white;">#DemarcaçãoJá</a></b>, os tuiteiros fazem campanha a favor da demarcação das terras indígenas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-90569465186733171012014-04-06T22:33:00.000-03:002014-04-07T23:09:21.999-03:00Qual o espaço para o exercício da cidadania e da socialização? <div style="text-align: justify;">
Qual o espaço para o exercício da cidadania e da socialização? - Houve um tempo, neste país, em que se podia observar, nas ruas, as cenas da tela do artista plástico Ivan Cruz, a qual escolhemos para ilustrar este post. Em sua obra, Cruz dá corpo às memórias de brincadeiras de sua infância, na cidade do Rio de Janeiro. Enquanto Cruz pensa as diversas formas do brincar no passado, o urbanista Roberto Gonçalves da Silva, coetâneo de Cruz, e tendo vivido sua infância no meio urbano da cidade paulista de Ribeirão Preto, preocupa-se com a dimensão espacial e com as implicações que isto tem para a iniciação política (cidadã) e a formação sociopsicológica de seres humanos.<br />
<br />
As reflexões de Roberto Gonçalves da Silva, a seguir transcritas, foram apresentadas por ele na mesa redonda "Qualidade de vida urbana: a contribuição da psicologia e das ciências afins", na XXI Reunião da Sociedade Brasileira de Psicologia, Ribeirão Preto (SP), em outubro de l991. Este urbanista é membro do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).<br />
<br />
Roberto Gonçalves da Silva esclareceu-nos que a "(in)disciplina" que ele oferece é uma optativa aberta a todos os alunos da universidade e a todas as pessoas moradoras da região polarizada por Florianópolis que "queiram estudar juntas as relações Arquitetura e Sociedade (sem negligenciar a Natureza) presentes na sua paisagem material e simbólica, em encontros semanais que ocorrem nas segundas, pela manhã, na sala 06 do Departamento de Arquitetura e Urbanismo".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEaEzeOX53nYM0qNToQnoznZEjBy4TMLR0KRGO6ocdeyE2TTAheSywBf4_nK6zgOeG4xu8SFe53R0wp6GHhBhTweXrnKLniGc8fWPvsDXFfM54D_SwXwCyWmARIR2UQyO2LiK4p_q6gp0/s1600/imagem1_pap6208_abertura.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEaEzeOX53nYM0qNToQnoznZEjBy4TMLR0KRGO6ocdeyE2TTAheSywBf4_nK6zgOeG4xu8SFe53R0wp6GHhBhTweXrnKLniGc8fWPvsDXFfM54D_SwXwCyWmARIR2UQyO2LiK4p_q6gp0/s1600/imagem1_pap6208_abertura.jpg" height="300" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"> <b>Ivan Cruz</b> - <i>Várias brincadeiras II</i>, A.S.T., 2006. <span style="color: #cc0000;"><a href="http://www.brincadeirasdecrianca.com.br/">Site do artista</a></span>.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i><span style="font-size: large;">As repercussões espaciais do medo</span></i></b></div>
<i><br /></i>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Na minha infância, atrás das grades viviam os condenados pela justiça. Nós, crianças, brincávamos livremente, disputando ruas, praças e terrenos baldios; preenchendo de vida os espaços da cidade com uma cotidiana e intensa vitalidade. O significado de domínio público era uma realidade para todos. "<b>Se essa rua fosse minha...</b>" não era uma hipótese. Era fato presente nas respostas prontas às tentativas de cerceamento ao seu livre uso: - A rua é pública! Ribeirão Preto, nos anos 50, oferecia uma boa qualidade de vida aos seus habitantes.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Na infância dos meus filhos, nos anos 70, em São Paulo, atrás das grades viviam amigos condenados sem processo, enquanto o "milagre brasileiro" aumentava o número de moradores na rua, restringindo a experiência pública desta geração. Suas brincadeiras desenvolviam-se nos espaços privados da casa, do playground do edifício, na casa dos amigos, quase sempre sob a vigilância dos adultos. Sua experiência nos espaços públicos restringia-se aos fins de semana, aos espaços de consumo e lazer, sempre tutelados por adultos. A escola constituía seu único território cotidiano, entulhado por normas e regulamentos.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Buscando resgatar a experiência de minha infância, e estimulado pelo movimento das experiências alternativas, tive a oportunidade de realizar um projeto de Educação pela Arte, num Barracão da periferia de São Paulo. Brincando, nos fins de semana, com crianças do bairro do Rio Pequeno, sem limite de idade, passamos involuntariamente a atraí-las mais do que o catecismo dominical, dando margem a uma denúncia: de que aliciávamos quadros para o "terrorismo". Isto pôs fim à iniciativa.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Considero que, d</i><i>esde os anos 80, as escolas constituem o último território "público" à disposição das nossas crianças, atentando-se para o fato de que este se configura na essência da vida pública.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>As situações anteriores ilustram o processo de mudança que vem ocorrendo nas cidades brasileiras, no que diz respeito aos seus ambientes construídos. Tal qual o molusco e sua concha, a permanente interação entre a vida dos homens e a natureza (sem dela excluir o legado construído pelas gerações anteriores), ao longo do tempo, os espaços, os homens e seus pensamentos diferenciam-se. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Aos que se ocupam da qualidade de vida, é irresponsável estudá-la descontextualizada, ou melhor, desambientalizada. Neste sentido, mais do que uma noção abstrata, um índice quantificável, um sentimento subjetivo, qualidade de vida significa a humanização do homem enquanto espécie: sua condição de criar cultura.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Do meu ponto de vista, e por dever de ofício, aprendi a prestar atenção nos limites que perfazem a descontinuidade entre o público e o privado - as arquiteturas - e de compreendê-los nos seus significados socialmente instituídos. A vida nas nossas cidades vai mal. <b>A dinâmica social, expressando-se através dos processos que os homens vão estabelecendo entre a vida pública e a vida privada, ao apartheidizá-los e reduzi-los à condição de consumidores da indústria cultural, tem trazido como consequências a morte da vida pública e a privatização dos espaços anteriormente por ela ocupados</b>.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Com respeito à qualidade de vida, duas perspectivas se abrem à consideração: a que tem por base a vida privada, e a que toma por referência a vida pública e a dinâmica social. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>A primeira, por fundar-se na realização individual, limita-se a quantificações. <b>Neste sentido, a realidade é constituída pela oposição entre os mortos de fome e os mortos de medo. E a melhoria da qualidade de vida significa a minimização do sentimento de medo. </b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>A que defendo, e que pretendo submeter à discussão, considera fundamental a recuperação dos processos de comunicação primários entre os homens, rompendo o monopólio exercido pela mídia que, através da amplificação do medo propiciado pela divulgação permanente da violência, isola-nos, aprisionando-nos. A visibilidade desta mudança é perceptível a qualquer olhar que constata a deterioração crescente da vida e sua desumanização.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Dada a complexidade que significa a recuperação da qualidade de vida urbana, tanto o equacionamento acadêmico tradicional quanto as soluções técnicas especializadas têm se mostrado inócuas. Muitos têm proposto o tratamento interdisciplinar para o enfrentamento de problemas abrangentes como este. Entretanto, para evitar ambiguidades, julgo necessário precisar que não se trata de uma nova disciplina, e sim um esforço de síntese baseado na cooperação e solidariedade de pessoas que aprenderam a ver o mundo de diferentes pontos de vista fundados no desenvolvimento de seus conhecimentos parciais, sem excluir os demais atores do drama urbano.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Assim estaríamos recuperando a roda e com ela o sonho de "<b>se esta rua voltasse a ser nossa...</b>"</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-31301168965643305832014-03-27T13:40:00.001-03:002014-03-27T13:50:56.952-03:00Apoio aos estudantes, técnicos professores que defenderam a UFSC<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJnOwWq2nWnQ7Jih5zN9chLmkPEy7czAV74HCAJrviBOkkDRr3r9OUUfQ0r37YUAa7StikEf3t0b4GEIIBd5hIzQupPtAIn4f6Pszum_6fgLZqCfyUhBeWk2FG2V5bVyE0JM84_wXTZKA/s1600/10001383_731117610262463_1677162757_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJnOwWq2nWnQ7Jih5zN9chLmkPEy7czAV74HCAJrviBOkkDRr3r9OUUfQ0r37YUAa7StikEf3t0b4GEIIBd5hIzQupPtAIn4f6Pszum_6fgLZqCfyUhBeWk2FG2V5bVyE0JM84_wXTZKA/s1600/10001383_731117610262463_1677162757_n.jpg" height="279" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Apoio aos estudantes, técnicos professores que defenderam a UFSC. Susan Aparecida de Oliveira, docente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), assim se expressou, no Facebook, em apoio aos que enfrentaram a truculência policial no incidente do último 25 de março [ver <a href="http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fnoticias.ufsc.br%2F2014%2F03%2Fnota-de-repudio%2F&h=jAQFhEwyl">nota de repúdio da UFSC</a> e <a href="http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2014/03/a-ufsc-foi-surpreendida-por-uma-acao-violenta-e-desnecessaria-diz-reitora-4456688.html">entrevista com a reitora</a> ]:</div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Minha solidariedade aos estudantes, técnicos professores que assumiram bravamente a defesa da Universidade contra a ação policial truculenta de terça-feira. </i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Digo isso porque <b>se engana quem pensa que o que estava em jogo era somente a defesa dos alunos detidos por porte de uns cigarros de maconha</b>. Detenções que, aliás, também não justificam o tipo de ação feita e menos ainda a alegação de "combate ao tráfico". Esse certamente <b>foi um factoide a ser explorado pela direita conservadora e intransigente da UFSC, um bode expiatório para legitimar outras violências iguais e disseminar a ideia de que gestões democráticas são um problema para a comunidade universitária. </b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Nas várias entrevistas que deu ontem, a desqualificação da reitora Roselane pelo delegado Paulo Cassiano Jr da PF - que comandou a ação no campus - foi construída por declarações desrespeitosas, pejorativas, machistas e intimidadoras. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Não foi diferente com os colegas Paulo Pinheiro Machado e Sonia Maluf, diretor e vice-diretora do CFH. Sonia, além de ouvir barbaridades e menções à ditadura militar, teve documentos apreendidos e não devolvidos ainda. O Paulo, todos viram as fotos de sua tentativa de negociar, a agressão brutal que sofreu e que foi relatada por ele no FB. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Outros professores e alunos também foram intimidados verbalmente e agredidos fisicamente. Como Paulo e Sonia, os atuais diretores do CFH, a reitora Roselane é também professora desse Centro e sua ex-diretora. O CFH, diferentemente dos outros Centros de ensino, tem uma forte cultura de debate, liberdade e democracia, e sabemos que é onde está o maior potencial de luta e resistência antifascista dentro da UFSC.</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-25562835606876723672014-03-17T22:42:00.001-03:002014-03-18T16:45:12.180-03:00Publicada a portaria do INEP que estabelece regras do Enade 2014 Publicada a portaria do INEP que estabelece regras do Enade 2014. Essa portaria foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (17). A <b>prova</b> será realizada no dia <b>23 de novembro</b>.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O Enade<b> é obrigatório</b> para os alunos dos cursos selecionados e é <b>condição indispensável para a emissão do histórico escolar</b>. Conforme a portaria publicada, será avaliado o desempenho dos estudantes dos seguintes cursos: </div>
<br />
- análise e desenvolvimento de sistemas;<br />
- artes visuais;<br />
- automação industrial;<br />
- ciência da computação;<br />
- ciências biológicas;<br />
- ciências sociais;<br />
- educação física;<br />
- engenharia de alimentos;<br />
- engenharia ambiental;<br />
- engenharia civil;<br />
- engenharia de computação;<br />
- engenharia de controle e automação;<br />
- engenharia elétrica;<br />
- engenharia florestal;<br />
- engenharia mecânica;<br />
- engenharia de produção;<br />
- engenharia química; <br />
- filosofia;<br />
- física;<br />
- geografia;<br />
- gestão da produção industrial;<br />
- história;<br />
- letras-português;<br />
- letras-português e espanhol;<br />
- letras-português e inglês;<br />
- matemática;<br />
- música;<br />
- química; -<br />
- pedagogia; <br />
- redes de computadores<br />
- sistema de informação.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O exame será aplicado aos estudantes que tenham iniciado o curso neste ano; os matriculados nos cursos de bacharelado com previsão de término até julho de 2015; e os alunos tecnólogos que vão concluir o curso até dezembro deste ano. As provas constaram de conteúdos programáticos dos cursos em que os alunos estão matriculados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até o dia 4 de junho, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, disponibilizará as diretrizes para as inscrições e as provas (<a href="http://enade.inep.gov.br/"><span style="color: blue;">neste link</span></a>).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um <b>Questionário do Estudante</b>, de preenchimento obrigatório, será disponibilizado de 21 de outubro a 23 de novembro de 2014, <i>exclusivamente</i> por meio de endereço eletrônico (<a href="http://portal.inep.gov.br/"><span style="color: blue;">neste link</span></a>). Servirá para a consulta individual ao <b>local de prova</b> e impressão do <b>Cartão de Informação do Estudante</b>.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzCxalu2u8W290Ejk8HSNO_KBJA1PlorTZPfg5X5pOaFu0sVH5kuxOPdXPrfEklFqO6cKFYTtY_Vk6KseYKGVCgOudKM2ZF0S3b5IikJWKNsWiHP0-L8C1t67e9QeqbPBQzqT2eQzxnK8/s1600/TestMe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzCxalu2u8W290Ejk8HSNO_KBJA1PlorTZPfg5X5pOaFu0sVH5kuxOPdXPrfEklFqO6cKFYTtY_Vk6KseYKGVCgOudKM2ZF0S3b5IikJWKNsWiHP0-L8C1t67e9QeqbPBQzqT2eQzxnK8/s1600/TestMe.jpg" height="320" width="299" /></a></div>
<br /><div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-41291643652141645692014-03-15T13:15:00.000-03:002014-03-15T13:15:32.094-03:00Em resposta a "Luta de classe, Collor e Lula – um samba do afrodescendente doido"<div style="text-align: justify;">
Em resposta a "Luta de classe, Collor e Lula – um samba do afrodescendente doido". Resposta do cientista político Danilo Martuscelli ao diretor executivo do Instituto Liberal, Bernardo Santoro, a propósito da análise de Santoro, intitulada <b>Luta de classe, Collor e Lula – um samba do afrodescendente doido</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Caro diretor executivo do Instituto Liberal, Bernardo Santoro,</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tomei conhecimento de sua análise da matéria publicada no Jornal da Unicamp sobre a minha pesquisa de doutorado, intitulada <b>Crises políticas e capitalismo neoliberal no Brasil</b>, defendida recentemente na própria Unicamp. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bem sabemos que uma matéria jornalística ou uma entrevista nunca consegue contemplar, de maneira satisfatória, todos os desenvolvimentos argumentativos presente em um trabalho acadêmico, ainda mais quando se trata de uma tese de doutorado. Reconhecendo esses limites e considerando que o debate de ideias é sempre positivo para uma melhor apreensão do mundo contemporâneo e da política brasileira das últimas duas ou três décadas, resolvi escrever uma resposta ao seu texto. No entanto, procurarei evitar o tom virulento existente no texto de sua lavra. Não utilizarei expressões ou termos como: “samba do afrodescendente doido”, “raciocínio simplista e tosco” e “teoria tão manca”. Deixemos esse expediente retórico para os lutadores de <i>ultimate fight </i>e passemos à discussão mais substantiva. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrBPtmhBdSprbt603i59ZxObn2ycD3XEPsk55Waj-9n-E7j6Q_QY81UOnNzuPnGcWV4adRlJIHPMjne3SdITcVYuKz4otewXObEDnBaAkng8FlMvqfWG30EHU8m4S_pvdMFZbsluk7Gtg/s1600/ju589_p5_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrBPtmhBdSprbt603i59ZxObn2ycD3XEPsk55Waj-9n-E7j6Q_QY81UOnNzuPnGcWV4adRlJIHPMjne3SdITcVYuKz4otewXObEDnBaAkng8FlMvqfWG30EHU8m4S_pvdMFZbsluk7Gtg/s1600/ju589_p5_b.jpg" height="320" width="206" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em linhas gerais, você entende que a minha análise comete quatro erros. Tomarei a liberdade de citá-los para ser fiel ao seu próprio texto: </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>1)</b> “<i>o primeiro e mais evidente a divisão da sociedade brasileira em duas classes, quando na verdade as interrelações sócio-políticas são muito mais profundas do que isso</i>". Neste caso, você sugere que a minha análise só concebe a existência de duas classes: “explorados” e “exploradores” ou “burgueses” e “proletários”, sendo tal explicação oriunda de uma “mente marxista” que sempre comete “equívocos grosseiros”; </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>2)</b> “<i>O segundo erro, que segue o primeiro, é enxergar o empresariado como um bloco unido, o que simplesmente não é verdade</i>”. Aqui, você aponta a necessidade de observar divisões e diferenças no seio da burguesia; </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>3)</b> “<i>O terceiro erro está na eterna redução dos problemas políticos a questões econômicas, traço típico do marxista</i>”. Nesta passagem, você sugere que cometo o erro, muito comum na análise dos marxistas, de reduzir toda a vida social, em especial a política, à economia; </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>4)</b> “<i>O quarto erro está na própria afirmação de que os Governos Collor e Lula eram 'neoliberais', entendido no caso como sendo a favor do livre-mercado [...] O marxista tem dificuldade de entender essa relação Estado-Empresariado-Sindicatos, pois para ele empresariado e sindicatos sempre estarão em desacordo</i>”. Ao apontar esse erro, você faz alusão ao fato de que eu teria ignorado em minha análise certas medidas intervencionistas adotadas por Collor e Lula e, além disso, critica-me por não levar em consideração a possibilidade de empresários e sindicatos entrarem em acordo em determinados momentos, indicando como prova desta aproximação a experiência do fascismo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diante desses quatro postulados de crítica à minha análise, sou, primeiramente, obrigado a fazer-lhe um desafio: tomando como base a matéria do Jornal da Unicamp, indique-me as passagens em que o meu argumento incorre nesses quatro “equívocos grosseiros”, para ficarmos com a sua terminologia. Provavelmente, não encontrará nenhuma citação. Isso me leva a concluir que a sua análise padece de um vício de origem, a saber: ao se incumbir de assinar um texto claramente antimarxista, imputa argumentos à minha análise que não existem nem na matéria, nem na minha tese de doutorado. O que estou afirmando é que esse “samba do crioulo do doido”, que você chama ironicamente de “afrodescendente”, não está presente em minha análise e, mais do que isso, você não oferece elementos que permitam demonstrar que suas impressões ou suspeitas sobre a minha tese estejam corretas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No fundo, ao procurar constituir o que representa uma “mente marxista” e quais são seus limites para explicar a política e a economia brasileiras, você foi levado a dar primazia à crítica antimarxista sem com isso levar em consideração a “verdade efetiva da coisa”, ou seja, ignorou o que afirmei e deixei de afirmar na matéria e na tese, formulando, assim, uma posição antimarxista contra um oponente imaginário. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vejamos mais de perto este problema. Em relação aos itens 1 e 2, caso faça uma leitura detida da matéria do Jornal da Unicamp, verá que a minha análise é bem distinta daquilo que você acredita estar em minha “mente marxista”. Indico que, nas duas conjunturas de crise política – Collor e mensalão –, os conflitos intraburgueses e as relações entre empresariado e trabalhadores nem sempre foram os mesmos. A seção <b>Dores do parto</b> da referida matéria expõe claramente isso [<a href="http://www.unicamp.br/unicamp/ju/589/de-collor-ao-mensalao">vide link</a>]. Em nenhum momento, sustento que os conflitos se resumem às contradições capital-trabalho nem defendo que a burguesia é um todo monolítico. Se você lesse a minha tese, confirmaria isso que estou afirmando, pois desenvolvo a ideia de que as classes sociais são heterogêneas e que os conflitos não se resumem à luta entre burguesia <i>versus </i>proletariado. Há conflitos e divisões internos em cada uma das classes oriundos de diversas causas: divisão do trabalho, lugar na produção, política estatal etc. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nem mesmo o texto clássico de Marx e Engels, o <b>Manifesto Comunista</b>, postula a existência de duas classes. Uma análise deste conhecido texto observará que Marx e Engels falam em divisões no interior da burguesia, em proletariado, em pequena burguesia, lumpenproletariado etc. Se tomarmos como referência os textos sobre os conflitos na formação social francesa de meados dos anos 1850, você notará que Marx não opera com uma análise binária das classes. É certo que há um marxismo vulgar que entende que as coisas funcionam na base do par ou ímpar, mas não é essa tradição do marxismo que reivindico e aplico em minha análise. Você poderia até argumentar que o conceito de classe social não nos permite analisar o jogo complexo da política, mas, para tanto, teria que apresentar uma alternativa analítica. Resta lembrar, como já salientou Marx, em outro momento, que o conceito de classes e de luta de classes não foi criado por ele, mas pelos liberais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em relação ao item 4, o que tenho a dizer é o seguinte: em nenhum momento, oculto o fato de que Collor e Lula teriam tomado medidas intervencionistas, tampouco eu teria afirmado que ambos os governos não se distinguem em termos de conteúdo de política estatal. Ao ler a minha tese, você novamente confirmará isso. Isso não quer dizer que, enquanto tendência predominante, o neoliberalismo não prevaleça como matriz orientadora da política estatal. A meu ver, o neoliberalismo não se estabelece num espaço vazio. Em cada país, há conflitos e contradições que interferem no conteúdo e na forma como o neoliberalismo é implementado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na prática, não existe de fato uma economia sem intervenção estatal, pois até para implementar o neoliberalismo, faz-se necessária a ação do Estado. Collor e Lula fazem parte de momentos distintos daquilo que alguns chamaram de Consenso de Washington. Collor pode ser considerado o carro abre-alas deste movimento no Brasil; Lula já se insere na apoteose, num processo de forte desgaste do neoliberalismo em nível internacional, mas, mesmo assim, não logra superar o neoliberalismo, restringindo-se a realizar reformas nas franjas deste modelo econômico, estando, desse modo, mais próximo de uma perspectiva social-liberal que se ampara na combinação entre Estado e iniciativa privada (a chamada autonomia inserida, defendida por Peter Evans) do que na satanização do Estado (como fazem os neoliberais ortodoxos), do que da possibilidade de introduzir a política desenvolvimentista (que daria mais ênfase à dimensão do Estado). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse processo de reformas do modelo neoliberal, interesses de setores empresariais, de classe média e dos trabalhadores organizados e desorganizados que vinham sendo alijados pelas políticas dos governos anteriores, passam a ocupar uma posição mais cômoda na política brasileira. Fortalecem-se. Além disso, a conjuntura do governo Lula é uma conjuntura de maior aproximação entre setores dos trabalhadores e parcelas do empresariado. Isso praticamente não existia no começo dos anos 1990. Não conheço relatos sobre a participação da CUT em atos com Fiesp pela redução dos juros no início dos anos 1990. Já nos anos 2000, exemplos disto saltam aos olhos. Tal aproximação era impraticável no contexto de explosão de greves dos anos 1980 e início dos 1990.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cabe discutir o economicismo que, supostamente, estaria presente na minha tese. Em meu trabalho, defendo que há uma correlação entre política e economia, e que tais dimensões da vida social se condicionam mutuamente. Nesses termos, se são problemáticas as análises que tratam tudo como epifenômeno do econômico, a tese de que a economia não é relevante para compreender a política é tão limitada quanto tais análises. Quando um setor do empresariado defende a redução da taxa de juros, ele está simultaneamente tomando uma posição política para sustentar um interesse econômico. Quando o Estado adota determinada política de redução ou aumento de impostos, estímulo à produção industrial ou ausência deste, aumento do salário mínimo ou manutenção deste, está também adotando uma medida política que favorece determinados interesses econômicos, prejudica outros, organiza determinados agrupamentos políticos, desorganiza outros.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Espero ter-lhe esclarecido, ainda que precariamente, o meu ponto de vista e, mesmo reconhecendo, nossas divergências teóricas, gostaria de convidá-lo a ler e discutir a minha tese que se encontra disponível na internet [<a href="http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000915818">vide link</a>]. </div>
<br />
Obrigado pela atenção e por dar publicidade à minha tese no blog do Instituto Liberal.<br />
<br />
Atenciosamente,<br />
<br />
Danilo Enrico Martuscelli<br />
<br />
Obs.: A matéria assinada por Bernardo Santoro encontra-se <a href="http://www.institutoliberal.org.br/blog/luta-de-classe-collor-e-lula-um-samba-afrodescendente-doido/">neste link</a>.<br />
<br />
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-58458099489126879542014-03-13T21:32:00.001-03:002014-03-15T17:23:10.410-03:00#FreeTenharim: State Public Defender demands Tenharim to be set free<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO4bpo0rIw2p1jDUFDyVtZkwnqfybmaplwCVk2Iiq2riLJkImf7yQcdmGIyzjJst3iJUPtkuXa9JfNmLb1-Yiz1zYDsOcMpsQ-t2D5zhAsV28x5-3yEopt_J2jbCBr7qPYlkCMvXHDBBw/s1600/tenharim-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO4bpo0rIw2p1jDUFDyVtZkwnqfybmaplwCVk2Iiq2riLJkImf7yQcdmGIyzjJst3iJUPtkuXa9JfNmLb1-Yiz1zYDsOcMpsQ-t2D5zhAsV28x5-3yEopt_J2jbCBr7qPYlkCMvXHDBBw/s1600/tenharim-3.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>#FreeTenharim: State Public Defender demands Tenharim to be set free State. </i><b>Public Defender points mistakes in investigations and demands Tenharim indigenous people to be set free.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
The Public Defender of the Union (DPU) in Amazon demanded in Tuesday (03/11) a habeas corpus (release document) in Regional Federal Court of the 1st region in favor of the five native Brazilians of Tenharim ancestry accussed of manslaughter of three men by the end of 2013 in the Indigenous land of Tenharim Marmelos in Humaitá (Amazon). Besides the request of the annulment of the temporary jailing or substituting it by going to the “semi-liberty” regime in the Native National Foundation (FUNAI) the defense points mistakes in the investigation conducted by Federal Police Force therefore DPU assumed the defense of the accused in February.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
According to DPU in Amazon – which released some parts of the release document (habeas corpus) – the police authority just based mostly in anonymous testimonies to finish the investigation which violates the International pacts of Human Rights of which Brazil is part and therefore the proof is invalid. Those people are free of the crime of “false testimony” and cannot even be contradict by the defense which denies the accused of the constitutional right of the contradictory to wide defense in the legal process. DPU asks for the exclusion of the documents containing the testimonies of such witnesses.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
For DPU the investigation conducted so far is a failed attempt of two months work in a village where live 2 thousand indigenous Tenharim: “It were picked two natives – now seven with the indictment of another but who are still in freedom – by ‘anonymous witnesses’. Natives that were released just for the local community to feel justice – or revenge…”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ethnical prejudice</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
In the justice decision that determined the temporary jailing of the accused the federal public defenders in Amazon identified the discourse that says that the prison of the Tenharim where done to bring social peace “between different cultures”. “It’s a complex case which involves a wide territorial area and the investigation must be done with high care and sensibility because it is about a potential cultural conflict – natives and non-natives – that are living in times of high tension” said the responsible judge for the temporary jailing.</div>
<div style="text-align: justify;">
By the understanding of defense besides indicating that the tenharim men are arrested solely to satisfy the local community in Humaitá the words of the judge disguises and gives the impression of “judicial scientification of the case hiding ethnical prejudice and a colonialist feeling of eternal domination of the Indigenous tribes therefore camouflages the problem as if the temporary arrests were necessary for the investigations to go on”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Freedom</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
In the request of temporary revocation the defenders pointed that there is no concrete proof that the accused – in freedom – threatened the witnesses or even damaged the investigations. If the request is denied then the Indigenous statute will be required in order that the temporary arrest will be changed to “semi-liberty” regime in FUNAI or a place determined by the organ. The DPU also asks for procedural seal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Signed the Habeas Corpus the federal public defenders Caio Paiva, Bárbara Pires, Carlos Marão, Edilson Santana, Luiza Cavalcanti, Thomas Luchsinger and Vanessa Figueiredo.</div>
<div style="text-align: left;">
<br />
Source - <a href="http://www.dpu.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20431%3Adpu-aponta-falha-na-investigacao-e-pede-liberdade-dos-indios-tenharim&catid=79&Itemid=220">Defensoria Pública da União</a> </div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-3843026258086651582014-03-08T20:05:00.001-03:002014-03-08T20:06:49.196-03:00Já nas ruas o fanzine “O Abolicionista”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvQ8apRJZ6yxViOhmIiKT4KWNrgHVcpVosRRDlDrBITLHx7XYrbA8aASouC8Nk8adoGDXwbRCp_gQ1Ep2lZ3GFtOYQQFEmvlADhz2d3zc3aQos198MnV78rw3XMu-K1r0g71J6R-G-IOc/s1600/1972420_285245841629450_440067926_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvQ8apRJZ6yxViOhmIiKT4KWNrgHVcpVosRRDlDrBITLHx7XYrbA8aASouC8Nk8adoGDXwbRCp_gQ1Ep2lZ3GFtOYQQFEmvlADhz2d3zc3aQos198MnV78rw3XMu-K1r0g71J6R-G-IOc/s1600/1972420_285245841629450_440067926_n.jpg" height="354" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Já nas ruas o fanzine “O Abolicionista”. <i>Zine contra a escravidão ‘de humanos e outros animais’ circula em praias de SP</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Conheça “<b>O Abolicionista</b>”:</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Desde o Carnaval, circula pelo litoral norte de SP a primeira edição do fanzine “O Abolicionista – Pela libertação dos humanos e de outros animais”. Em 20 páginas, a edição traz temas como manipulação midiática, direitos animais, meio ambiente, legalização da maconha e benefícios do uso da bicicleta. O zine busca ir direto ao ponto, numa tentativa de comunicar ideias libertárias a jovens, adultos e crianças. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Na internet é possível ter acesso a um bom acervo de textos, filmes, livros e imagens que fazem críticas à sociedade moderna. Mas além do fato de nem todos terem acesso à internet, o internauta normalmente opta por acessar conteúdos relativos a temas com os quais ele já tenha familiaridade e interesse. Somado a isso há a concentração dos meios de comunicação de massa (como rádio e TV), o que dificulta a propagação de pensamentos anti-hegemônicos. Sendo assim, é importante que publicações independentes como os zines circulem nas ruas, e não apenas em guetos virtuais. Por isso, “<b>O Abolicionista</b>” tem sua versão impressa distribuída em locais públicos pelos próprios colaboradores.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O leitor interessado paga a contribuição que quiser pela publicação, no valor mínimo do preço de custo (o equivalente a 5 fotocópias frente e verso, que não ultrapassa um real). O trabalho coletivo de composição do zine (redação, diagramação, etc.) é voluntário e o dinheiro arrecadado que excede a cobertura das despesas de impressão fica na caixinha para as próximas edições, além de possibilitar que alguns exemplares sejam entregues de graça, para artistas e pessoas em situação de rua, por exemplo. Desta forma, “O Abolicionista” busca ser visto pelos mais diversos olhares, agradando-os ou não.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Levando os conceitos de “viral” e “<i>copyleft</i>” para fora da internet, “<b>O Abolicionista</b>” incentiva seus simpatizantes a fotocopiarem o zine parcial ou integralmente para distribuí-lo (dentro dessa ética do “pague quanto pode”), inclusive para ajudar a financiar coletivos e movimentos sociais alinhados aos valores libertários da publicação. Os PDFs para leitura e impressão também podem ser baixados pela página da revistinha no Facebook (<a href="https://www.facebook.com/oabolicionista?fref=ts">neste link</a>)</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O nome “<b>O Abolicionista</b>” é referência a um jornal que circulou no Rio de Janeiro entre os anos de 1880 e 1881, que se posicionava a favor da abolição da escravidão negra, algo extremamente ousado para a época, uma vez que os jornais daquele tempo pertenciam à elite econômica que se beneficiava dessa infame organização do trabalho. Do mesmo modo, o novo “<b>Abolicionista</b>” se posiciona contra novas formas de exploração e violência naturalizados nos dias de hoje, como a exploração animal, a desigualdade social e o abuso do poder econômico no processo político.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O visual em preto-e-branco é composto por imagens de stencils, fotos modificadas e outras figuras que circulam nos muros das cidades e na internet, além de referências estéticas indígenas, como os padrões usados nas bordas das páginas.</div>
<br />
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><b>O que é um FANZINE?</b></b></div>
<b>
</b><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fanzine (ou apenas “zine”) é uma publicação produzida e distribuída de forma independente. Normalmente as reproduções são fotocópias (xerox), e as tiragens não são grandes, na maioria dos casos não passam de mil. É comum que abordem temas subversivos, ignorados pela mídia. Muitos zines apresentam mensagens contra a propriedade, o consumismo, o machismo, o especismo, o capitalismo e contra a própria mídia convencional. Seu caráter quase sempre subversivo ao status quo é natural. Tendo em vista o complô midiático que controla a difusão da informação, os fanzines acabam cumprindo, ainda que de forma tímida, o papel de difundir a contracultura em um mundo empesteado pela publicidade, onde imprensa é empresa, onde ética e responsabilidade socioambiental vêm sempre depois do dinheiro.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Um zine não é uma publicação comercial, que visa o lucro. Sua finalidade se concentra na mensagem que quer passar adiante. Daí sua liberdade total em termos de linguagem e editoração gráfica, podendo mesclar páginas feitas no computador e ilustrações e textos feitos à mão.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Algumas das páginas do zine nº 1</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuTMLz9WVOjFeXkthlFeHfcs73_L8fqgLgCUcwzySs9NWASwPuc8zgPhf6BxRZHk2fS0ax1i4sD2LJW7A-jlVh3lXvvwMyOv9fJ5Y2f3VWouxelwrsNEsltJn33mY0yqI1BQ4G9S0EeHA/s1600/1970691_286061488214552_475773835_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuTMLz9WVOjFeXkthlFeHfcs73_L8fqgLgCUcwzySs9NWASwPuc8zgPhf6BxRZHk2fS0ax1i4sD2LJW7A-jlVh3lXvvwMyOv9fJ5Y2f3VWouxelwrsNEsltJn33mY0yqI1BQ4G9S0EeHA/s1600/1970691_286061488214552_475773835_n.jpg" height="640" width="456" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrN8tctfDdaClmZxNnpoz9aypZFVslRXPdABk8K-jwsyiLo1gqSBKlmAjqGuVLZjsTONTXhtnEZy-MKfm04135zMW7wzsCllCYxN9OzA8xeava3ZxpxQrv1DJGv7SRnqBGn56aHOmcYTE/s1600/1898222_286061221547912_1997016865_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrN8tctfDdaClmZxNnpoz9aypZFVslRXPdABk8K-jwsyiLo1gqSBKlmAjqGuVLZjsTONTXhtnEZy-MKfm04135zMW7wzsCllCYxN9OzA8xeava3ZxpxQrv1DJGv7SRnqBGn56aHOmcYTE/s1600/1898222_286061221547912_1997016865_n.jpg" height="640" width="456" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8pK02I2M-DQWmlAs1o7RcnkiKqWFstm3YmPM-Jmse82cvT02Oc8O98JDOgqSYrZGWfpyokucg0zK2H1u7cdDfxMBe_kVK6vwza_7cuSFu5Z3tLAbrOHq91RuOcLCKWEUiZtXJ7NfSw2E/s1600/1800363_286061614881206_608862969_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8pK02I2M-DQWmlAs1o7RcnkiKqWFstm3YmPM-Jmse82cvT02Oc8O98JDOgqSYrZGWfpyokucg0zK2H1u7cdDfxMBe_kVK6vwza_7cuSFu5Z3tLAbrOHq91RuOcLCKWEUiZtXJ7NfSw2E/s1600/1800363_286061614881206_608862969_n.jpg" height="640" width="456" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-40004549220408645532014-02-08T18:36:00.000-02:002014-02-08T19:23:23.089-02:00Várias mãos dispararam contra o cinegrafista e o ambulante<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj32WO1OD2rcDVfASnV6IAb6IXhQu-UTlN2qwo-DsG-e1K1QoSk0ZrmmxridiYS94Sq-EGBifrkRMy5a8OsAsZp4km61gCi0083oS00f2zagtp4gPuWgEnWmUYZK189PYAKtGng7ziH6z4/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj32WO1OD2rcDVfASnV6IAb6IXhQu-UTlN2qwo-DsG-e1K1QoSk0ZrmmxridiYS94Sq-EGBifrkRMy5a8OsAsZp4km61gCi0083oS00f2zagtp4gPuWgEnWmUYZK189PYAKtGng7ziH6z4/s1600/images.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Várias mãos dispararam contra o cinegrafista e o ambulante - Uma intensa polêmica midiática sobre quem teria lançado um artefato que atingiu o cinegrafista da Band (<a href="http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/imagens-de-cinegrafista-da-band-podem-revelar-autor-de-explosao-no-rj,d7b533e3a1e04410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html">notícia</a>) esconde outras vítimas e outras mãos, e mazelas neste país. Enquanto o cinegrafista Santiago Ilídio Andrade era gravemente ferido, no último dia 6, um vendedor ambulante, idoso, em pânico com a repressão policial (<a href="http://www.youtube.com/watch?v=rPBdRrjhYqs&feature=youtu.be">imagens</a>), acabou sendo atropelado no mesmo local (<u><a href="http://rebaixada.org/tudo-culpa-da-pmerjenquanto-policias-militares-lanavam-bombas-de-efeito-moral/">notícia</a></u>). Mas eles não são as únicas vítimas e vários são os responsáveis por essas ocorrências no Brasil. É sobre isso que a professora Katia Motta faz a contundente reflexão que transcrevemos a seguir: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<i><span style="text-align: justify;">Eu sei é que, no fundo, tudo é muito triste. </span>De onde quer que tenha saído o bólido que feriu o jornalista, várias foram as mãos que o dispararam.</i><br />
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>A mão pesada do Estado que parece não se importar com as agruras do povo nos coletivos, indo ao trabalho, todos os dias. Na Central, lugar conhecido no Rio por ser palco de roubos, furtos, agressões, só se viu a presença das forças de segurança do Estado para atuar como guarda patrimonial da Supervia. Lá dentro, pelos relatos, pelas fotos, é possível ver mulheres, idosos, crianças sendo atacados com cassetetes e bombas! </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>A mão enluvada dos governantes também guarda o sangue desse inocente, pelo descaso, pela corrupção, pelo desprezo ao povo mais humilde. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>A mão escorregadia da mídia corporativa também lá esteve, farejando sangue, desinformando, manipulando, sem escrúpulos nem mesmo com seus trabalhadores. Como se explica que uma rede de TV nacional não mande seus profissionais a campo com equipamentos de segurança? Qualquer mídia ativista sabe que não se pode ir a uma cobertura dessas sem proteção, porque a polícia, em sua ação desmedida, cegou um jornalista e deixou outros muitos feridos. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Em tudo também a marca da mão de ferro desse sistema em que vivemos, no qual as tragédias cotidianas não parecem ter valor algum se não for business. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>E é assim que o doloroso encontro do jornalista com essas mãos que disparam o artefato tem tanta cobertura, enquanto pouco se fala que, no mesmo dia, um idoso perdeu sua vida a alguns metros à frente, na mesma avenida. Este, eu vi de perto sob as rodas do ônibus, ainda vivo, enquanto muitos chamavam o socorro, outros se revoltavam com o motorista e outros, como eu, diziam que ele era apenas um trabalhador. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Quantos idosos não passam horas acenando para ônibus que passam sem parar, guiados por motoristas que também recebem as passagens para o dono da empresa que transforma em festa no Copacabana Palace o suor e o sangue de ambos? Para nós, trabalhadores de um mundo que cada vez mais aperta as engrenagens da moenda, para nos extrair até a última gota, talvez o mais premente não seja saber que mão de indivíduo lançou a bomba, mas saber quem será o próximo ou quando será nossa vez. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Ao idoso falecido e a sua família.</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-24906451522886786422014-01-28T23:06:00.002-02:002014-01-29T01:49:25.379-02:00Índios Tenharim e Jiahui sob ameaça de ataque e sem atenção do governo federal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipkC_ugHW39cB7EGlnrG2LWB1BKnPKn81k-5pC6U1pFTGF5CdV8cYSYK0fYB1jtXhH5SkuBJ7TRZyVfeNiG_ut4NhiE9Nhok0byNATErWrfZu4SMgLa9erKjB7RtJC-ZMEK-MdPQfbcBQ/s1600/jiahui7.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipkC_ugHW39cB7EGlnrG2LWB1BKnPKn81k-5pC6U1pFTGF5CdV8cYSYK0fYB1jtXhH5SkuBJ7TRZyVfeNiG_ut4NhiE9Nhok0byNATErWrfZu4SMgLa9erKjB7RtJC-ZMEK-MdPQfbcBQ/s1600/jiahui7.png" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Índios Tenharim e Jiahui sob ameaça de ataque e sem atenção do governo federal. A professora amazonense Gleice de Oliveira, em conexão pelo Facebook, conversou com uma liderança indígena Tenharim e uma liderança Jiahui. Gleice recebeu de Angelisson Japi'i Tenharin e de Nilcelio Jiahui denúncias de que eles se encontram sob ameaça constante e crescente de serem atacados na região - sul do Amazonas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os indígenas relataram que souberam que 15 das pessoas que participaram de atos de vandalismo, na cidade de Humaitá, na noite de Natal teriam feito uma reunião na qual decidiram atacar os índios, inclusive com o uso de bombas. Na noite de Natal, os vândalos destruíram e queimaram equipamentos, veículos e barcos que prestavam serviços aos indígenas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A notícia dessas ameaças chega às aldeias, deixando as comunidades em constante estado de tensão e intranquilidade. Por outro lado, os indígenas reclamam que o governo federal tem se negado a conversar com eles, a despeito de os indígenas terem buscado dialogar com as autoridades brasileiras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Saliente-se, ainda, que os gêneros alimentícios básicos, enviados pelo governo federal aos indígenas por determinação judicial (após denúncia do Ministério Público), já começam a escassear. Os indígenas estão comendo apenas arroz e feijão, impossibilitados até de comprarem anzóis para pescar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ZKpACd7-_jXkFItP6ACI3Bnzj8RMIGcHwL9ekO6MOx2iVWywtxET6lIczhwzBOE6PVusg-EfYKDaCnXzq4cv_LFIkEIvWU5tSOVXXcPrjS2UM5gz6uaDXDIFel9Nyph8KOwxsQKRkjw/s1600/tenharim1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ZKpACd7-_jXkFItP6ACI3Bnzj8RMIGcHwL9ekO6MOx2iVWywtxET6lIczhwzBOE6PVusg-EfYKDaCnXzq4cv_LFIkEIvWU5tSOVXXcPrjS2UM5gz6uaDXDIFel9Nyph8KOwxsQKRkjw/s1600/tenharim1.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUAKFWClAJQNxiDXg1o7xAD5tOBhnqX3Z1SZetDI6kVIk4mEF4Hl9K-vH-5LBtCFY7yLSlIDucjBYuS1_CZq8iy3kSOPEtiErMtvJcTtjLtgP_DCjS8RZ-MFyVRYeZTozW2vSiPDpt6UY/s1600/tenharim2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUAKFWClAJQNxiDXg1o7xAD5tOBhnqX3Z1SZetDI6kVIk4mEF4Hl9K-vH-5LBtCFY7yLSlIDucjBYuS1_CZq8iy3kSOPEtiErMtvJcTtjLtgP_DCjS8RZ-MFyVRYeZTozW2vSiPDpt6UY/s1600/tenharim2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh37IOa5n-5yCMTIwMj8br0e90aNn5ADV2N6nrHKPZZfoVozXdRKeQTMRLK4IRE81r5LEG1hDTy6qPH8qGeCnKRy5oBiGaDCWq2q4_aIYo_fy560Sn6FrJF0qM010vnKNFCQ5iM70RTP6I/s1600/jiahui1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh37IOa5n-5yCMTIwMj8br0e90aNn5ADV2N6nrHKPZZfoVozXdRKeQTMRLK4IRE81r5LEG1hDTy6qPH8qGeCnKRy5oBiGaDCWq2q4_aIYo_fy560Sn6FrJF0qM010vnKNFCQ5iM70RTP6I/s1600/jiahui1.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQzpMFvvV7kpiW6ZkdmIli_f5cEqnUnJbFVuyhmvWY26Ws7B6ZqEAJKxLvx69QA2vvSbT4_Q4BcY4nn34DvMh9PKU6jeI-3btkfveTaEc_yTxQpYwAzDbmxodHSkMmBgDvEDsJnzq3qqg/s1600/jiahui2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQzpMFvvV7kpiW6ZkdmIli_f5cEqnUnJbFVuyhmvWY26Ws7B6ZqEAJKxLvx69QA2vvSbT4_Q4BcY4nn34DvMh9PKU6jeI-3btkfveTaEc_yTxQpYwAzDbmxodHSkMmBgDvEDsJnzq3qqg/s1600/jiahui2.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrsia8Sd33s46Sn_0EaJ32G6CYV4wpgCDwLKK1vsfIO4ZWymq3QGMCqAEJIgFL2DMqRhP76ZiAX1LD0bamE6ADAVIAwJv55tMF5lhEQshWapCK0XbrlGQnN-UpaLDW22wOlQ1MMlld8Ow/s1600/jiahui3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrsia8Sd33s46Sn_0EaJ32G6CYV4wpgCDwLKK1vsfIO4ZWymq3QGMCqAEJIgFL2DMqRhP76ZiAX1LD0bamE6ADAVIAwJv55tMF5lhEQshWapCK0XbrlGQnN-UpaLDW22wOlQ1MMlld8Ow/s1600/jiahui3.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Saiba mais informações sobre os povos indígenas Tenharim e Jiahui e sobre o conflito na região onde vivem:</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="http://amazoniareal.com.br/tag/tenharim/">Amazônia Real </a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://umbrasildeverdade.blogspot.com.br/2014/01/aculturacao-selvageria-e-injustica-como.html?spref=fb">Aculturação, selvageria e injustiça: como são tratados os Tenharim de Humaitá</a></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-16056708883071634612014-01-04T18:56:00.001-02:002014-01-04T18:56:17.150-02:00Os índios Jiahui estão correndo sério risco de genocídio no Amazonas<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSuPnd7lPbtKEhuKcmUxzEquSx-Kc3uveieEBiI4vMUruKDYea-IWNZB9rpcnD9hBBqj6SpboeJX78LT19MeGOC3r3maWsoiTPyuy-dKw9nnTzCfuOAfCZDmO5FhfDz2qUA76sBkZcma4/s1600/110++Nilcelio+Jiahui+-+Em+situa%C3%A7%C3%A3o+de+risco+os+povos+Indigenas+do+Sul....png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSuPnd7lPbtKEhuKcmUxzEquSx-Kc3uveieEBiI4vMUruKDYea-IWNZB9rpcnD9hBBqj6SpboeJX78LT19MeGOC3r3maWsoiTPyuy-dKw9nnTzCfuOAfCZDmO5FhfDz2qUA76sBkZcma4/s1600/110++Nilcelio+Jiahui+-+Em+situa%C3%A7%C3%A3o+de+risco+os+povos+Indigenas+do+Sul....png" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Post de Nilcelio Jiahui no Facebook clamando por ajuda a seu povo</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /><br />Os índios Jiahui estão correndo sério risco de genocídio no Amazonas. Em face da situação desesperadora em que se encontra o povo indígena Jiahui, o líder Nilcelio Jiahui enviou, ontem (3/1), o seguinte relato e solicitação ao Ministério Público de Manaus e à Funai</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />“<i>Até agora não foi tomada nenhuma providência, nem de equipe de saúde, nem de alimentação, nem de segurança para os Jiahui. Nós somos vizinhos dos Tenharim e estamos também sofrendo as ameaças por conta do pedágio. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Até agora nem Funai e nem Sesai se manifestaram ainda. Mas pior é que, na liminar, a Justiça só decretou segurança para o povo Tenharim. Nós ficamos à mercê. Por ser a primeira aldeia com a porta de entrada na Transamazônica, não temos proteção nenhuma. Se alguém quiser fazer alguma coisa contra nós, faz. Estamos sem segurança. Nem Força Nacional, nem Federal, nem Rodoviária Federal. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Como vamos ficar? Só sei que as nossas mulheres, crianças e velhos ainda estão no mato e sem comer nada, e sem assistência de saúde. Tomara que não venha acontecer nada. Ontem mandamos um documento para o Ministério Público de Manaus e Funai, este e outro, pedindo a segurança para nós também. Na liminar, estão incluindo a proteção aos Tenharim. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>O que nós queremos são barreiras permanentes dos dois lados das duas reservas indígenas. Tanto a dos Tenharim como a dos Jiahui</b></i>”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De acordo com o portal <b><a href="http://amazoniareal.com.br/">Amazônia Real</a></b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Os jiahui vivem em um território de 47 hectares em uma reserva que faz limite com as terras dos índios tenharim. O povo de pouco mais de 100 pessoas vive na aldeia Ju´i, a apenas 100 metros da margem da BR-230 (Transamazônica), nas proximidades do rio Marmelos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos anos 70, os índios jiahui quase foram dizimados durante a construção da Transamazônica. Naquela década, sua população de mil pessoas foi drasticamente reduzida devido às doenças levadas por trabalhadores da rodovia e migrantes vindos do sul do país."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Leia mais sobre a situação dos Jiahui <b><a href="http://amazoniareal.com.br/na-aldeia-dos-jiahui-ha-varios-indios-doentes-diz-lideranca/">nesta matéria</a></b> de Amazônia Real.<br /><br />No portal do <b><a href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/jiahui">Instituto Socioambiental (ISA)</a></b>, encontram-se as seguintes informações, entre outras, sobre os Jiahui:<br /><br />"Os Jiahui são um povo de filiação lingüística Tupi-Guarani, subgrupo Kagwahiva, que vive na região do curso médio do Rio Madeira, ao sul do Estado do Amazonas. Circunstâncias históricas acarretaram a quase dissolução do grupo. Suas terras tradicionais foram ocupadas por fazendeiros e os Jiahui passaram a viver junto aos Tenharim ou nas cidades próximas. Em meio a conflitos, foi iniciado em 1998 o processo de retomada do território indígena, em que os Jiahui vêm buscando reorganizar-se de maneira a garantir sua sobrevivência física e cultural."<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-13514789640275014172014-01-02T00:15:00.004-02:002014-01-02T03:20:36.897-02:00Climate of tension in Humaitá - #Tenharim conflict<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSxY9DS2HURXja3__HdL99F0-tpZOEe6jyagIBFnuhhyv1sKYtCcWAhtImlW20WUA-r-ooROj4Svg-krZM6JBWXsPwFN0dLJ5KWsICHOJDScbMPJKU-oyEwpeS50yX1TERiu3u0M07ia0/s1600/26dez2013---populacao-protesta-em-humaita-am-por-tres-pessoas-desaparecidas-em-reserva-indigena-1388090286671_615x300.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSxY9DS2HURXja3__HdL99F0-tpZOEe6jyagIBFnuhhyv1sKYtCcWAhtImlW20WUA-r-ooROj4Svg-krZM6JBWXsPwFN0dLJ5KWsICHOJDScbMPJKU-oyEwpeS50yX1TERiu3u0M07ia0/s320/26dez2013---populacao-protesta-em-humaita-am-por-tres-pessoas-desaparecidas-em-reserva-indigena-1388090286671_615x300.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Funai boat burned as protest.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Climate of tension in Humaitá - #Tenharim conflict. Climate of tension in Humaitá, in South of the Amazon. Celebreations of New Year to have been cancelled.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fearing a repeat of the violent events of Christmas, the city administration Humaitá in the southern Amazon, on Tuesday, the 31.12.2013, has banned New Year's outdoor parties.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Because of strong ethnic tensions in the region, the order was given at the request of the Task Force of the federal government, which also sent approximately 300 men in the region, including federal police and soldiers of the regular army.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Today, if an Indian comes to town, he will die," says the lawyer Carlos Terrinha, the local representative of the OAB ( Brazilian Lawyers Association), former alderman and a sharp critic of the conduct of the Indians of the region.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
The police presence on the streets of the city is obvious. Nevertheless, according to Francisco Merkel, the Bishop of Humaita, the few Indians who remain in the city, won´t go out on the street for fear of being attacked.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
See: <a href="http://www.personalescritor.com.br/2013/12/news-about-threatened-indians-in-brazil.html">http://www.personalescritor.com.br/2013/12/news-about-threatened-indians-in-brazil.html</a></div>
<br />Source: <a href="http://rebaixada.org/clima-continua-tenso-em-humait-no-sul-do-amazonas-festas-de-ano-novo-so-cance/">Informal Midia</a><div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-64256453292637513722013-12-29T00:18:00.001-02:002013-12-29T00:28:54.910-02:00News about the threatened Indians in Brazil - #Tenharim #Humaitá<br />
<div style="text-align: justify;">
News about the threatened Indians in Brazil - #Tenharim #Humaitá</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Recent news about the conflicts in the Southern Amazonas state, Brazil, by Elaíze Farias: </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Troops of the Federal Police arrived yesterday (27) in Humaitá. There were two meetings - one in the Town Hall and other in the Army barracks. The Tenharim Indians refugees in the barracks were not invited to participate in the meetings. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ivanildo Tenharim told me last Saturday that the Indians do not know clearly what actions are being planned and executed in yesterday’s conflict area, when hundreds of people made an anti-indigenous protest on the Transamazonic road, more specifically in the area where there were invasions of villages and fire in the toll base where Tenharim charge the road use. What is known is that the troops would enter into the Indian territory to "do a search" of the missing men (or their bodies) in the villages, since there is suspicion that Tenharim Indians would have killed these three people (which they deny). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
The other concern is the persistence of Indian people in the barracks. There is no prevision about the leaving of the 140 Indians from the place. The Tenharim are awaiting a response from Funai to resolve the case. In addition to these informations which we summarized here, Ivanildo gave me the following account: </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyh9MOcLGqCDg35XvkVKGZHQlIgD-hDOXtd6yhIXCDXpLVfr8YlnQFbVdhyup6O3WV5VUmmx5VyPMXPXYDCJ7s-8CRwg-5jQg7Qi4N2EtiuoSmLIgyOa-ImSKyTDMcrYAYDo1Nz9Cs3yg/s1600/foto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="97" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyh9MOcLGqCDg35XvkVKGZHQlIgD-hDOXtd6yhIXCDXpLVfr8YlnQFbVdhyup6O3WV5VUmmx5VyPMXPXYDCJ7s-8CRwg-5jQg7Qi4N2EtiuoSmLIgyOa-ImSKyTDMcrYAYDo1Nz9Cs3yg/s320/foto.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Boat that provided important services to indigenous peoples, burned by vandals</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
"They did two meetings, but we did not participate. We just knew that they did the meetings, no Indians were present. We do not know what they are doing on the road: If they are going to enter into the village the village or they are trying to protect the Indians from the farmers’ protests. No Indian leader in the barracks is accompanying the troops at this time. Now we are waiting for the presence of Funai, that promised on Saturday to send a team here with us. We are isolated here in the barracks. We want to leave. It's too bad. It's that way of barracks, all we want to do we have to ask. We're not used to it. But we still do not know when we'll get out of here ".<br />
<br />See more about this conflict in: <b><a href="http://amazoniareal.com.br/">Amazonia Real</a></b><br />
<br />
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-50400491984435664842013-12-13T23:45:00.001-02:002013-12-13T23:45:17.884-02:00"today we have started a rare religious ritual of farewell from our Earth life" <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7v0tHqvOK7q4YAT3x9g0prYSnTiDno2py7Z72YEfrd0Bfk66qjPneX0zNCOzE8WSGZ9HQl-9s20tiJvA_-JtzPOnbEyWBFdMkLQ4EDQqgB5WF7eB8AsuNN46khNLhKRoE7dH8UQAnneE/s1600/%5BTekoha+4+--+MPF+MS++--+Yvy+Katu+-+YouTube.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7v0tHqvOK7q4YAT3x9g0prYSnTiDno2py7Z72YEfrd0Bfk66qjPneX0zNCOzE8WSGZ9HQl-9s20tiJvA_-JtzPOnbEyWBFdMkLQ4EDQqgB5WF7eB8AsuNN46khNLhKRoE7dH8UQAnneE/s1600/%5BTekoha+4+--+MPF+MS++--+Yvy+Katu+-+YouTube.png" height="178" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /><br />"<i>today we have started a rare religious ritual of farewell from our Earth life</i>" Guarani and Kaiowá indigenous people</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
This is the final decision of 5000 indigenous Guarani and Kaiowá to the Government, the Federal Court and to all national and international societies of the world.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Today on December 12th 2013, we, 5,000 indigenous Guarani Kaiowá from the Tekohá YVY KATU received news of another collective death threat, which is the order of violence against us and eviction of our land issued by the Federal Court of Justice of São Paulo - SP. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Therefore, it is clear that the Brazilian judicial system will kill us all Guarani Kaiowá. With another eviction from the Federal Court, it is clear to us that the Justice of Brazil is authorizing the extermination of Guarani and Kaiowá, with all the violence , the collective death , especially the extinction and decimation of the Guarani and Kaiowá in Brazil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
We understand that in the past 10 years, the Federal Court of Brazil had several times declared our expulsion from our land YVY KATU, which means that the Justice of Brazil is ordering our death here in Yvy Katu. It's been two months since we communicated the Federal Court and the Federal Government that our communities had returned to reoccupy our tekoha YVY KATU to restore our lives in a piece of our land. We have also said that we will not leave our land of YVY KATU, here we will all die together, here we all want be buried. This is our final decision and we won’t change our mind. We have sent our message several times to the Federal Government and the Minister of Justice, to President Dilma, the Federal Prosecutor, the President of the Supreme Court.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Today, 12.12.2013, once again we have sent our final decision to President Dilma, the President of the National Council of Justice and the Supreme Court asking for the understanding and the fulfillment our past ultimatum. We demand from the supreme federal authorities in Brazil the following. We gathered four thousand Guarani and Kaiowá here at tekoha YVY KATU to resist the eviction order, our decision is to fight to death for our land of YVY KATU and even after our death we're not leaving YVY KATU.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
We only ask the government of President Dilma and to Joaquim Barbosa, from the Supreme Court, to collectively bury us all here in tekoha YVY KATU. Neither living nor dead we will get out of our ancient land. While still alive, we anticipate our last wish to the Justice Courts, which is to have our right to be buried here in YVY KATU, we demand this request to the Brazilian Justice.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
We also ask the president Dilma and the Federal Court that have ruled our expulsion and collective death to be the responsible in helping and supporting the surviving children, women and elderly here at YVY KATU that will definitely be without father and without mother after the execution of the eviction by the police force. Since the Federal Court of Navirai - MS in November, has mandated the use of police force against our lives and our strife, therefore we communicate the federal judge that we will resist until death the eviction order, we are absolutely sure that we will die for our land of YVY KATU, so the judge is already aware of our decision. All authorities are also now aware of our decision, as native Guarani people, we will fight to the death for our land of YVY KATU.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
12/12/2013 Today, we have once again informed the federal judge of the Federal Court of São Paulo we will not leave the tekoha YVY KATU, here we will all stand and die fighting. We have equally communicated President Dilma. For the last time, we tell everyone that as of today 12/12/2013, we have started a rare religious ritual of farewell from our Earth life, in our belief, we are doing the conscious act of preparing life for the forced death by the white man’s firearms, or better said, we have begun our acceptance and confirmation ceremony regarding the forced exit of the soul from the body and its return to the Guarani cosmos due to the death on the battlefield. This is one of the life farewell rituals that is rarely performed, yet today we have started doing it. We have begun to participate in this ritual of acceptance of death and forced parting from life, from families and friends, because we know well that the Federal Court is authorizing the armed white men to attack and kill us here in tekoha YVY KATU. We inform everyone that we, Guarani and Kaiowá from YVY KATU, decided to resist eviction and to be killed by a firearm from the either white men or police force. There is no doubt in our heart. We will not retreat a step backwards, we will stand for the sake of honor and deep respect for our dead ancestors in YVY KATU, united, we will fight and die for our land where our ancestors are buried. For this reason, we ask the Government and Justice to bury us all here at tekoha YVY KATU because we aren’t leaving here either alive or dead, so we will not leave the tekoha YVY KATU. This is our final decision. Again, we invite all national and international societies to follow and watch the genocide and decimation of 4,000 native </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Guarani Kaiowá people here in YVY KATU ordered by the Brazilian justice through the "white" Brazilian policemen and other armed people here in Mato Grosso do Sul / BRAZIL .</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tekoha Yvy Katu , December 12th, 2013<br /><br /><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/dcrEB3s7O9M" width="530"></iframe><br /><br />More information (in Portuguese):<br /><a href="http://blog.prms.mpf.mp.br/tekoha4/?p=325">http://blog.prms.mpf.mp.br/tekoha4/?p=325</a><br /><a href="http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=7316&action=read">http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=7316&action=read</a></div>
<div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6660363520513097882.post-78828129188882812542013-11-27T07:46:00.002-02:002013-12-01T17:13:40.239-02:00Mensalão e (En)Cena(ção) PolíticaMensalão e (En)Cena(ção) Política<br />
<br />
Por Renato Nucci Jr.<br />
<br />
Organização Comunista Arma da Crítica<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: start;">Mensalão e (En)Cena(ção) Política - </span>José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno, condenados pelo STF, tiveram na semana em que se comemora a Proclamação da República, decretada suas prisões. Decisão do Presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), que cada vez mais se enxerga como um super-herói da Liga da Justiça, ganhou destaque midiático. Seu objetivo, contudo, muito longe de pretender fazer justiça, faz parte da disputa eleitoral de 2014. Com uma oposição de direita sem rumo, desprestigiada e caminhando para uma nova derrota eleitoral, as prisões são estratégias usadas para fustigar o PT e, quem sabe, amealhar alguns votinhos a mais em 2014. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até aí, estamos de acordo com a esquerda governista, que acusa as condenações dos “mensaleiros” e as prisões dos petistas de servir a propósitos que guardam pouco interesse em combater a corrupção. É no mínimo estranho que no país onde as classes dominantes gozam de tremenda impunidade, a justiça é rápida para prender Dirceu, Delúbio e Genoíno, mas deixa em liberdade Maluf e tantos outros criminosos de colarinho branco.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As divergências com a esquerda governista começam quando tentam transformar os presos em heróis de toda a esquerda; em vítimas das perseguições e intolerâncias das elites tupiniquins. Realmente, Dirceu e Genoíno têm uma trajetória de luta por demais conhecida. Não vamos repisá-la. Porém, como muita gente de sua geração, tornaram-se aqueles sujeitos que possuem um “grande passado pela frente”. Presos, perseguidos, banidos e torturados pela ditadura empresarial-militar, utilizam-no como um capital simbólico para justificar todas as questionáveis e oportunistas opções políticas do presente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O uso do capital simbólico na cena política, ainda que não com esse nome, já tinha sido detectado por Marx em meados do século XIX. Com impressionante argúcia, em O 18 Brumário Marx identifica a existência de duas frações da classe dominante divididas por formas próprias de acumulação e de propriedade. Os orleanistas, representantes do capital financeiro, comercial e industrial, e os legitimistas, representantes dos senhores de terra. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na cena política a disputa entre essas frações se manifestava por meio de debates sobre a quem cabia o direito de sucessão ao trono francês. Os partidários dessa ou daquela casa real, iludidos com suas fantasias e lealdades políticas, não compreendiam que suas diferenças estavam nas frações dominantes que cada dinastia representava. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E na cena política burguesa tem de ser assim. Ela precisa esconder e dissimular para muitos de seus partidários os reais interesses em disputa das classes e frações de classes. As verdadeiras intenções têm de ser apresentadas sob as vestes dos grandes ideais e dos discursos grandiloqüentes. Do contrário restaria o cinismo, trazendo como conseqüência uma grave perda de legitimidade para a dominação política. Trata-se o capital simbólico, portanto, de um conjunto de idéias, valores, pré-conceitos, ilusões, fantasias etc., que formam aquilo que podemos chamar de senso comum. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No caso em tela, especialmente Dirceu e Genoíno, mais do que vítimas da perseguição das elites, estão pagando o preço de suas opções políticas. Ambos foram os principais responsáveis por guinar o PT, ao longo da década de 1990, ao centro do espectro político. Construíram uma máquina partidária cujo funcionamento se tornou cada vez mais dependente de gordas contribuições de capitalistas. Desconsideraram as orientações das bases do próprio Partido e foram os grandes artífices da aliança com a burguesia interna na eleição vitoriosa de 2002, colocando José Alencar, mega-capitalista e senador da República, como vice de Lula. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também foram responsáveis, junto com o ex-ministro Palocci, pela Carta ao Povo Brasileiro, onde prometeram (e cumpriram) manter intactos os interesses da burguesia associada, especialmente de sua fração financeira, prometendo (e também cumprindo) melhorar as posições da burguesia interna nos arranjos do bloco no poder. Já com a esquerda, estivesse ou não no PT, agiram com extrema arrogância. Usaram a vitória eleitoral de Lula como prova de sua sagacidade política. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aos críticos dos descaminhos petistas e dos riscos representados por essas alianças espúrias, e aqui nos referimos aos críticos colocados à esquerda, a cúpula petista respondia com desdém. Justificavam-nos ora alegando a existência de uma correlação de forças desfavorável para se empreender aventuras rupturistas, ora a necessidade de se superar os devaneios infantis presentes em setores da esquerda brasileira. Em nome da real politik, da necessidade de se ter uma maioria congressual, entre tantas outras, por suas mãos o PT se enredou ainda mais nas tramas de um poder burguês sujo e corrupto. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo corria bem até que Roberto Jefferson (PTB), membro importante da base aliada, em cujo currículo constava ter pertencido à tropa de choque de Collor e acusação de envolvimento no escândalo do Orçamento, em 1994, resolveu dar com a língua nos dentes. Tendo seu nome envolvido em um esquema de corrupção nos Correios, resultando em uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), foi abandonado pelos seus aliados do Planalto. Reagiu denunciando um esquema de compra de votos no Congresso por ele apelidado de mensalão. As alianças com a burguesia cobraram sua conta. E as advertências dos “esquerdistas”, até então desdenhadas, cumpriram-se. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao aceitarem jogar o jogo da nossa corrompida democracia, Dirceu, Genoíno, Delúbio e tantos outros, contavam com a complacência da grande burguesia. Afinal, pensavam: se estamos administrando o Estado para os interesses deles, podemos adotar as mesmas práticas deles que nada nos acontecerá. Quanta ingenuidade! Mostraram-se mais infantis do que os esquerdistas, cuja persistência em defender os ideais tradicionais da esquerda, como igualdade e solidariedade, foi diagnosticada por Lula como sintoma de alguma patologia psíquica. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após o escândalo do mensalão, o PT passou a depender ainda mais do PMDB para alcançar maioria congressual. Hoje, essa dependência institucional ampliou-se. Ela envolve os ruralistas comandados pela senadora Kátia Abreu e figuras obscurantistas como o Pastor Marcos Feliciano, a quem a bancada do PT na Câmara dos Deputados entregou a Comissão de Direitos Humanos, em troca de maior apoio da bancada evangélica ao governo Dilma. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa aliança institucional refletiu o aprofundamento de outra aliança, mais oculta, feita com a grande burguesia. Para garantir sustentação política aos mandatos petistas exigiu destes cada vez maiores concessões. Aprofundaram-se as privatizações, o desmonte dos serviços públicos, as renúncias fiscais para o capital manter seus lucros, a paralisação completa da Reforma Agrária, entre tantos outros. E tudo foi entregue sem grandes problemas, pois acima de tudo era preciso garantir a governabilidade. Esse ciclo regressivo de reformas foi contrabalançado por causa da onda de crescimento econômico observada no segundo mandato de Lula, em que a geração de empregos e os salários, mesmo relativamente baixos, atenuaram os conflitos sociais e serviram para apassivar temporariamente os trabalhadores. Incapaz de oferecer uma cidadania de direitos, os mandatos petistas ofereceram a cidadania de consumo, sustentado pela ampliação do crédito e grande endividamento familiar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O resultado de todo esse transformismo petista, para o qual Dirceu e Genoíno contribuíram decisivamente, foi o de ter levado não só o PT a uma crise. A história mostrou que esta, quando atinge grandes referenciais políticos e ideológicos da esquerda, respinga em todos os que compartilham de seu projeto, mesmo aqueles colocados na esquerda revolucionária. A queda do socialismo no leste europeu é um bom exemplo. Isso decorre do fato de o capital simbólico não girar tão somente em torno de ideias positivas. As fraquezas, debilidades e contradições também criam um capital simbólico negativo que se torna uma arma nas mãos dos adversários políticos. E a esquerda que não se entregou a essas práticas também sofreu, ao ver seus propósitos colocados na mesma vala comum. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar dessas considerações não é o caso, em absoluto, de comemorar as prisões de Dirceu e Genoíno. Mas também não é o caso de colocá-los como vítimas de uma perseguição das elites, insatisfeitas com possíveis interesses e privilégios ofendidos. Na cena política, espaço por excelência da simulação de interesses, essa ideia pode ter seus adeptos, que não são poucos, mas não expressa o que de fato ocorre na realidade. Nunca antes na história desse país os bancos lucraram tanto, assim como também foram enormes os lucros das empresas industriais e do agronegócio. E o Estado brasileiro continuou a ser administrado para atender dois interesses precípuos de qualquer Estado capitalista em qualquer lugar do mundo: manter o processo de acumulação e reprodução ampliada funcionando no interesses das frações burguesas hegemônicas, ao mesmo tempo em que se deve manter a estabilidade política e social apassivando as classes dominadas, seja pela coerção seja pela cooptação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como explicar, então, a sanha de parcelas da burguesia em mandar para a cadeia dois próceres do petismo? Poulantzas, em seus estudos sobre as relações entre o poder político e as classes sociais, trabalha com o conceito de classes reinantes. Frações da burguesia podem ser politicamente dominantes, mesmo sem ter presença marcante na cena política e detendo diretamente o poder de Estado. Isso se torna possível, pois ao ser capaz de blindar o Estado às pressões reformistas vindas dos de baixo, ela pode muito bem terceirizar sua gestão para outras classes sociais, preocupando-se com assuntos para ela mais importantes, como ganhar (muito) dinheiro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fica o controle dos aparelhos de Estado com a pequena burguesia reacionária ou mesmo com as camadas burocratizadas da classe trabalhadora, caso da social democracia. Mudam, obviamente, alguns aspectos, como a forma de responder aos desafios conjunturais impostos ao processo de acumulação e reprodução ampliada e a forma de se relacionar com as classes dominadas no sentido de apassivá-las – na forma como ela dosará a coerção e a cooptação. Porém, sem alterar o pano de fundo, que é o de manter o Estado funcionando no interesses das frações hegemônicas da burguesia. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Do mesmo modo que o jogo sujo, as pequenas tramóias, os golpes de mestre etc., as prisões movidas contra Dirceu e Genoíno tem de ser vistas nesse contexto. É parte de uma disputa feroz de duas classes reinantes pelo controle dos vértices dos aparelhos de Estado. A voracidade em se mandar Dirceu e Genoíno para a cadeia, é parte da luta desencadeada pela classe reinante organizada em torno do PSDB visando retomar o controle do aparelho de Estado em 2014. Com um governo dito de esquerda, que realiza um programa que não mexe nos interesses das frações hegemônicas da burguesia, a oposição de direita perdeu seu discurso. O único meio de retomar o controle dos aparelhos de Estado foi o de utilizar o discurso moralista, de forte traço udenista, do combate à corrupção. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, não se pode admitir a hipótese de que Dirceu e Genoíno são vítimas da intolerância da “casa-grande”, pois ousaram mexer, ainda que só um tiquinho, no interesse das nossas elites. Do mesmo modo, tampouco podemos admitir o discurso tucano de que, enfim, os corruptos estão sendo presos, de que o mensalão é o maior escândalo de corrupção da história do Brasil e que as ordens de prisão mostram que a justiça está sendo feita, e outros blá-blá-blás. Basta lembrar que o know-how do mensalão surgiu no governo tucano de Eduardo Azeredo, em Minas, e que não gozou no STF, até agora, do mesmo empenho investigativo e punitivo que se abateu sobre os petistas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Do mesmo modo, não se podem tratar as prisões como parte de um movimento que visa perseguir toda a esquerda. Primeiramente, teríamos que perguntar de que esquerda estamos falando. Dirceu, “aquele garoto que ia mudar o mundo”, hoje, assessora grandes empresas capitalistas estrangeiras que fazem ou pretendem fazer negócios no Brasil. Delúbio Soares, por sua vez, atua no ramo imobiliário. Trata-se, como se vê, de uma esquerda bem adaptada à ordem burguesa, mas bem capaz de manipular referenciais simbólicos gelatinosos, usados nas disputas travadas na cena política pelo controle dos aparelhos de Estado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, já com aquela esquerda que nunca deixou de lutar contra o capitalismo e a burguesia; que não sucumbiu aos encantos do oportunismo pragmático; para quem a política é a arte de transformar o impossível em possível; desprezada e acusada de infantil por ter a ousadia de se manter fiel a princípios; esta foi espancada e presa nas manifestações que sacodem o Brasil desde junho. E para ela coube o silêncio e mesmo o desprezo de muitos dos que hoje defendem Dirceu e Genoíno a qualquer custo. A esquerda que junto com massas de jovens e trabalhadores tomaram às ruas foi acusada, por parcelas da esquerda governista, de pertencer a uma classe média insatisfeita com a ascensão do subproletariado, não passando de inocentes úteis na mão da direita. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não se devem festejar as prisões. Não somos abutres vorazes em busca de carniça. Genoíno sofre de doença grave e pode morrer sob a custódia do Estado brasileiro. Deve ser tratado com humanidade e respeito, assim como todo e qualquer cidadão privado de sua liberdade. Mas também não somos ingênuos. É preciso que a esquerda que defende ambos, colocando-os como vítimas da perseguição das elites, compreenda os seus papéis históricos e vejam que a condição vivida por eles atualmente é fruto de suas opções políticas. De opções cujo preço todo o povo brasileiro tem pagado alto preço. </div>
<br />
Campinas/SP, novembro de 2103.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc4QrjWL_KLQuRw08SRNFYV1EnNSetpBQQyLYCHBBVe1H7SwRSVTw5ejfSpTyvBAoWckdQv5VHcFB7CG-JjjkEOtlV4MnjVTkPpnjOdYSwT_vQsWb7ScALWcI_MIPCjuP-iCL6Vcg9TkI/s1600/renato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc4QrjWL_KLQuRw08SRNFYV1EnNSetpBQQyLYCHBBVe1H7SwRSVTw5ejfSpTyvBAoWckdQv5VHcFB7CG-JjjkEOtlV4MnjVTkPpnjOdYSwT_vQsWb7ScALWcI_MIPCjuP-iCL6Vcg9TkI/s1600/renato.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; line-height: 21px; text-align: start;"><span style="font-size: x-small;">Renato Nucci Jr.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
Fonte: <a href="https://www.facebook.com/renato.nuccijunior/posts/554788564600207">Facebook</a><br />
<br /><div class="blogger-post-footer">Sua visita ao nosso blog é o estímulo para que continuemos a produzi-lo. Muito agradecida.</div>@PersonalEscritohttp://www.blogger.com/profile/01501990774688128078noreply@blogger.com1